Jenifer Carvalho Paes, 19 anos, foi encontrada morta com um tiro no peito dentro de casareprodução Rede Social
Publicado 30/08/2023 15:49 | Atualizado 31/08/2023 09:58
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Rio - Gabriel de Oliveira Leal, de 22 anos, investigado pela 11ª DP (Rocinha) pela morte de Jenifer Carvalho Paes, de 19 anos, passou por exame residuográfico nesta terça-feira (29). O procedimento vai procurar vestígios de metais, como chumbo e cobre, nas mãos e roupas do suspeito. Gabriel se apresentou na delegacia com sinais de espancamento, o que levantou a suspeita de que ele possa ter sido agredido por traficantes da Rocinha após a morte da jovem. 
A Polícia Civil apura se Jenifer foi vítima de feminicídio praticado por Gabriel ou se ela cometeu suicídio. O corpo foi encontrado por familiares, na segunda-feira (28), com um tiro no peito, dentro da casa que morava com o namorado há 10 meses. O que se sabe até o momento é que a arma usada na cena do crime pertencia a Gabriel. O armamento foi apreendido e também passou por perícia.
O investigado foi liberado após os procedimentos de terça-feira (29) pois, segundo a delegada Flávia Goes Monteiro, titular da 11ªDP (Rocinha), ainda não está descartado nem feminicídio, nem suicidio. 
Para a família de Jenifer, não há dúvidas que a jovem foi vítima de feminicídio. Segundo a avó de Jenifer, Thania Leandro Paes, Gabriel só se apresentou para prestar esclarecimentos porque foi obrigado pelos traficantes da comunidade. 
Ciúmes na relação
Segundo a avó de Jenifer, o namorado era agressivo e mantinha a neta em cárcere privado há cerca de um mês. "Eu criei ela, todos amavam minha neta. Ela era carinhosa, educada, estudiosa. Já tinha quatro meses que ele a levou, mas só tinha um mês que eles estavam morando na Rocinha. Foi aí que ele a deixou em cárcere privado. Ele era doente de ciúme", afirmou.
A avó contou ainda que após o crime, o namorado ligou para mãe de Jenifer. "Ele friamente ligou para minha filha e disse: Vem buscar sua filha que está morta", lamentou.

Thania revelou também que a neta não tinha contato com a família, e que a última vez que falou com o pai foi para pedir dinheiro para se alimentar. "O pai passou um PIX para ela. Aí ele quebrou o celular dela, para ela não se comunicar com a família. Até aí ela passou o número do celular do irmão para uma amiguinha dela, por isso nós ficamos sabendo do falecimento", explicou.
O corpo de Jenifer foi enterrado na terça-feira (29), no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte.
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