Mulher foi gravada dando um tapa no rosto de um vigia do Hospital Casa São BernardoReprodução G1
Publicado 06/09/2023 08:14
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Rio - O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) concedeu a liberdade provisória à Ana Cláudia Arantes Cardoso durante audiência de custódia realizada nesta terça-feira (5). A mulher foi presa em flagrante, no último domingo (3), após agredir e chamar de "preto, marginal e favelado" o profissional de segurança Otoniel da Silva Lopes, de 42 anos.
Ana Cláudia foi solta ainda na terça. Na decisão, a juíza Priscilla Macuco Ferreira, ressaltou ser provável que "a conduzida, em caso de condenação, cumpra a pena, inicialmente, em regime aberto".
"Seguindo nessa linha de raciocínio, denota-se que a prisão preventiva imporia à custodiada o cumprimento de medida cautelar – acessória – que é mais gravosa do que a própria pena cominada pelo delito, o que se revela desproporcional e violaria a homogeneidade", diz parte da decisão.
Ana Cláudia terá que cumprir algumas medidas cautelares, como: comparecimento mensal em juízo para informar e justificar suas atividades; obrigação de apresentar comprovante atualizado de residência no primeiro comparecimento em juízo; proibição de se ausentar da Comarca de residência por mais de sete dias; proibição de frequentar o hospital onde o crime ocorreu; e proibição de contato com a vítima e testemunhas.
O crime aconteceu no Hospital Casa São Bernardo, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, onde a vítima trabalha como vigia. Parte da ação da mulher contra o segurança foi filmada por pessoas que estavam na recepção da unidade e publicada nas redes sociais.
Um dos tapas acertou o rosto do vigia e outro, o braço, enquanto ele se colocava como barreira para impedir a entrada da mulher na unidade. A confusão teria acontecido após Ana Cláudia se recusar a tirar o carro de uma vaga destinada às ambulâncias, de acordo com relatos de testemunhas.
Posteriormente, a suspeita teria se envolvido em outra confusão na recepção do hospital. Ela teria falado que foi assaltada e acusou os seguranças da unidade pelo crime. Em um desses momentos, a mulher teria chamado o vigia de preto, marginal, favelado e safado.
A Polícia Civil informou que o caso foi registrado na 16ª DP (Barra da Tijuca), após as partes terem sido conduzidas ao local por PMs que atenderam ao chamado pelo crime de injúria racial.
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