Publicado 19/10/2023 13:32
Rio - A Corregedoria do Colégio Pedro II instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) após a denúncia de assédio de uma aluna, de 12 anos, contra um inspetor do campus de Realengo, na Zona Oeste do Rio, em dezembro de 2022. A instituição informou nesta quinta-feira (19) que, desde o recebimento da denúncia, foram adotadas medidas para impedir qualquer contato entre os dois.
De acordo com a estudante, o homem de 47 anos elogiava seu corpo, a abraçava excessivamente e já teria passado a mão em sua perna. No dia em que a ocorrência foi registrada na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, a menina relatou desconforto quando o suspeito comentou sobre o uniforme que ela usava.
A diretoria do Pedro II informou, ainda, que a responsável foi chamada para acompanhar a estudante no depoimento sobre os fatos, no entanto, elas não compareceram aos chamados da Comissão de Processo Administrativo Disciplinar. "Oportunidade em que poderia ter indicado o nome de possíveis outras vítimas que não formalizaram qualquer denúncia, funcionários que supostamente teriam informações sobre o caso ou as evidências do crime alegado", diz trecho da nota.
De acordo com a estudante, o homem de 47 anos elogiava seu corpo, a abraçava excessivamente e já teria passado a mão em sua perna. No dia em que a ocorrência foi registrada na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, a menina relatou desconforto quando o suspeito comentou sobre o uniforme que ela usava.
A diretoria do Pedro II informou, ainda, que a responsável foi chamada para acompanhar a estudante no depoimento sobre os fatos, no entanto, elas não compareceram aos chamados da Comissão de Processo Administrativo Disciplinar. "Oportunidade em que poderia ter indicado o nome de possíveis outras vítimas que não formalizaram qualquer denúncia, funcionários que supostamente teriam informações sobre o caso ou as evidências do crime alegado", diz trecho da nota.
A instituição divulgou, também, que a Corregedoria do CPII buscou a cópia do inquérito policial, no entanto, não tinha qualquer nome de possíveis outras vítimas, pelo contrário, todos os ouvidos em sede policial afirmaram que aquela era a primeira denúncia recebida contra o servidor.
Ainda de acordo com a nota enviada ao DIA, segundo a unidade, com base nos documentos e depoimentos colhidos durante o processo administrativo, a comissão entendeu que era impossível comprovar que de fato ocorreu o assédio sexual relatado pela menina. Então, a comissão decidiu suspender o funcionário por 45 dias.
Ainda de acordo com a nota enviada ao DIA, segundo a unidade, com base nos documentos e depoimentos colhidos durante o processo administrativo, a comissão entendeu que era impossível comprovar que de fato ocorreu o assédio sexual relatado pela menina. Então, a comissão decidiu suspender o funcionário por 45 dias.
Além disso, antes do retorno do inspetor, a estudante foi transferida de campus por conta de uma medida pedagógica aplicada em um processo disciplinar que apurou "suposta prática de conduta indecorosa por parte de alunos, incluindo a menina, no interior da escola, em setembro de 2022". O Colégio Pedro II disse, ainda, que quando recebeu a denúncia, a estudante já havia sido encaminhada para tratamento psicológico pelo Conselho Tutelar 18 Taquara para ajudar em eventuais danos psicológicos sofridos.
Por fim, a Corregedoria da instituição informou que tem como prioridade absoluta o combate ao assédio sexual e que, embora administrativamente não tenha sido possível comprovar o assédio sexual neste caso, a instituição aguarda o andamento das investigações.
Por fim, a Corregedoria da instituição informou que tem como prioridade absoluta o combate ao assédio sexual e que, embora administrativamente não tenha sido possível comprovar o assédio sexual neste caso, a instituição aguarda o andamento das investigações.
Outros casos
Em setembro do ano passado, 16 adolescentes, com idades entre 12 e 17 anos, além de uma jovem de 19 anos, teriam participado de sexo grupal em uma sala da unidade. A direção do colégio disse em comunicado que abriu processo disciplinar sobre o ocorrido. Além disso, oito estudantes foram identificados e suspensos por cinco dias.
A prática libidinosa teria sido flagrada e denunciada por outros alunos e o ato teria acontecido em uma sala desativada da instituição. De acordo com relatos dos estudantes, o sexo envolvendo os estudantes foi marcado com antecedência em grupos de aplicativos de mensagens.
Em outra ocasião, um ano depois, uma professora foi agredida com um tapa no rosto por alunos do 6º ano do ensino fundamental da unidade do Humaitá II, na Zona Sul do Rio. A professora Ana Paula Loureiro foi agredida durante um desafio intitulado "Slap Your Teacher Challenge", em livre tradução "Desafio dê um tapa no seu professor", iniciado entre os jovens na rede social TikTok. Em nota, a direção do colégio informou que suspendeu preventivamente por dois dias os estudantes envolvidos e instaurou um processo disciplinar
Fundado em 2 de dezembro de 1837, o Colégio Pedro II é uma das mais tradicionais instituições públicas de ensino básico do Brasil. Ao longo de sua história, foi responsável pela formação de alunos que se destacaram por suas carreiras profissionais e influência na sociedade. Seu quadro de egressos possui presidentes da República, músicos, compositores, poetas, médicos, juristas, professores, historiadores, jornalistas, dentre outros.
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