Publicado 20/10/2023 08:19
Rio - Policiais civis são alvos, mais uma vez, de uma operação da Polícia Federal, nesta sexta-feira (20), contra tráfico de drogas. Segundo as investigações, três agentes e um delegado desviaram 280 kg de uma apreensão de cocaína e ainda venderam os entorpecentes.
Cerca de 50 policiais federais cumpriram oito mandados de busca e apreensão na capital fluminense e em Araruama, na Região dos Lagos. Um dos endereços é a 33ª DP (Realengo), onde os investigados atuam. Uma mansão em Vargem Grande, na Zona Oeste, residência de um dos policiais, também é alvo da ação. No local, os agentes apreenderam cerca de R$ 70 mil em espécie, entre reais e dólares, além de três carros, duas motos, celulares e documentos.
De acordo com a PF, a Justiça determinou o afastamento dos agentes de suas funções, sendo um deles delegado, identificado como Renato dos Santos Mariano, titular da 25ª DP (Engenho de Dentro) na época. A Justiça estabeleceu que os investigados passem a ser monitorados através de tornozeleira eletrônica. Foi determinado, ainda, o sequestro de R$ 5 milhões em bens dos envolvidos.
A ação, nomeada DÉJÁ VU, é um desdobramento da operação TURFE deflagrada em fevereiro do ano passado, contra o tráfico internacional de drogas. Na ocasião, em dezembro de 2020, policiais federais monitoravam uma carga de 500 kg de cocaína que seria exportada do Porto do Rio.
A ação, nomeada DÉJÁ VU, é um desdobramento da operação TURFE deflagrada em fevereiro do ano passado, contra o tráfico internacional de drogas. Na ocasião, em dezembro de 2020, policiais federais monitoravam uma carga de 500 kg de cocaína que seria exportada do Porto do Rio.
Durante o monitoramento, uma equipe da 25ª DP (Engenho de Dentro) abordou o caminhão com as drogas, próximo ao Complexo da Maré, e prendeu o motorista em flagrante. No entanto, segundo a PF, 10 malas com 280 kg da droga teriam sido desviadas e apenas sete delas, com 220 kg, foram realmente apreendidas.
Durante as investigação, a Polícia Federal descobriu que além dos agentes da 25ª DP (Engenho de Dentro), houve o envolvimento do delegado titular da unidade, de um outro policial civil e da irmã de um dos policiais.
O nome da operação DÉJÀ VU diz respeito à sensação de já ter visto ou vivido uma situação que está acontecendo no presente. A expressão francesa significa “já visto”.
Em nota, a Polícia Civil informou que a Corregedoria-Geral da corporação apoiou a ação e está instaurando procedimentos internos disciplinares. A Civil reforçou, ainda, que repudia qualquer tipo de desvio de conduta e atividade ilícita, e reiterou seu compromisso no combate à criminalidade.
Através das redes sociais, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, parabenizou o trabalho da PF. Em publicação no Instagram, Cappelli escreveu: "Policiais traficando é a desmoralização da autoridade do estado. Parabéns à Policia Federal pelo trabalho. A ação dos órgãos de fiscalização e controle é fundamental".
Operação Drake
Na manhã de quinta-feira (19), quatro policiais civis que passaram pela Delegacia de Repressão a Furtos de Cargas (DRFC) e um advogado foram presos pelos crimes de tráfico de drogas e corrupção. Os suspeitos são acusados de terem traficado 16 toneladas de maconha, apreendidas na divisa de São Paulo com o Rio de Janeiro.
De acordo com a PF, a investigação identificou que duas viaturas ostensivas da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas da PCERJ (DRFC) abordaram um caminhão carregado com a droga. O veículo apreendido foi levado até a Cidade da Polícia Civil, no Jacaré, Zona Norte do Rio, e os policiais negociaram, mediante ao pagamento de propina por intermédio de um advogado, a liberação da carga e a soltura do motorista.
Após o combinado, três viaturas da DRFC escoltaram o caminhão até os acessos da comunidade de Manguinhos, também na Zona Norte, onde a carga foi descarregada por criminosos.
Após o combinado, três viaturas da DRFC escoltaram o caminhão até os acessos da comunidade de Manguinhos, também na Zona Norte, onde a carga foi descarregada por criminosos.
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