Ônibus foram incendiados após represália pela morte do miliciano 'Faustão'Reginaldo Pimenta
Publicado 24/10/2023 18:14
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Rio - Um motorista de ônibus que conduzia um dos 35 coletivos queimados na Zona Oeste está internado no Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, com queimaduras. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do município, ele recebe tratamento no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) e o estado de saúde do trabalhador é estável.
Os ataques começaram por volta das 15h da última segunda-feira (23) e foram motivados pela morte do miliciano Matheus da Silva Rezende, o 'Faustão', em operação da Polícia Civil na comunidade Três Pontes, em Santa Cruz. O criminoso, além de ser sobrinho de Zinho, também era preparado para ser o sucessor do tio. Conhecido como 'senhor da guerra', ele é apontado pela Polícia Civil como responsável pela união do tráfico e milícia.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários do Río de Janeiro, Sebastião José, disse que os ataques afetam o psicológico dos motoristas, que já convivem diariamente com o crime. "O pânico foi geral, ao ponto deles só terem tempo de abrir as portas dos coletivos para que os usuários saíssem e deixarem o local correndo com medo de morrerem carbonizados, o que com certeza afeta o psicológico do profissional que já convive diariamente com a violência nas ruas, comprovando a falta de planejamento e a total desorganização do estado na área da segurança, deixando a sensação de que isso possa ocorrer novamente a qualquer momento. Muito ainda precisa ser feito para devolver a tranquilidade aos usuários e profissionais da categoria", disse Sebastião José.
Prejuízos
Os ataques a ônibus na Zona Oeste afetam mais de 2,5 milhões de passageiros que utilizam as linhas municipais e intermunicipais, e prejudicam cerca de 2 mil usuários por dia do BRT. Ao todo, 35 ônibus de serviços municipais, intermunicipais e fretamento foram incendiados. Segundo a Semove, Federação das Empresas de Mobilidade do Estado, o prejuízo para as empresas de ônibus é de quase R$ 38 milhões.
Já a Mobi-Rio, que administra o BRT, esclarece que três ônibus da frota antiga do BRT foram queimados e um ônibus padron foi apenas parcialmente atingido e já está sendo reparado. Além disso, quatro estações foram atingidas pelos ataques. Apenas a estação Santa Veridiana, em Santa Cruz, precisou ser fechada por conta do incêndio. O custo estimado com os reparos é de mais de R$ 100 mil.
 

Os episódios ocorridos ontem onde 35 ônibus foram queimados na cidade pela ação de criminosos, trouxeram enormes problemas não só para a população, mas também para os profissionais que atuam no setor. Para o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Río de Janeiro, Sebastião José, o episódio de ontem deixou usuários e motoristas reféns de marginais e milicianos que há muito tempo atuam sem nenhum tipo de repressão.

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Apesar de não ter havido agressão física aos motoristas, o pânico foi geral, ao ponto deles só terem tempo de abrir as portas dos coletivos para que os usuários saíssem e deixarem o local correndo com medo de morrerem carbonizados, o que com certeza afeta o psicológico do profissional que já convive diariamente com a violência nas ruas, comprovando a falta de planejamento e a total desorganização do estado na área da segurança, deixando a sensação de que isso possa ocorrer novamente a qualquer momento. Muito ainda precisa ser feito para devolver a tranquilidade aos usuários e profissionais da categoria

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