Publicado 27/10/2023 18:06
Rio - Donos de bares próximos ao Maracanã estimam mais de R$ 20 mil em prejuízo após a proibição do consumo e venda de bebida alcoólica no entorno do estádio para final da Libertadores. A medida, criticada pela classe, é válida a partir de 0h do sábado (4) e vai até as 6h de domingo (5).
Em entrevista ao DIA, um comerciante que não quis se identificar afirmou que os bares não deveriam ser responsabilizados pela possível falta de segurança durante o jogo.
"Nesse tipo de evento, quem sofre com as regras das organizações somos nós. A culpa sempre é do bar, torcedor e morador, e nunca do Estado, que deveria ter a função de manter a segurança. Eles não dão conta, e nos terceirizam a responsabilidade pela desordem", pontuou o comerciante.
O homem disse ainda que, por medo de maiores prejuízos, decidiu esperar até o último momento para definir a venda e a estratégia de compra.
"Imaginava que algo assim aconteceria, pela experiência de outros eventos. Projetava vender mais de 200 caixas de cerveja, o que me renderia cerca de R$ 20 mil, além de outros produtos que são comercializados por consequência", lamentou o empresário.
Até 2016, o Rio proibia a venda e consumo de bebida alcoólica dentro e fora de estádios, em jogos válidos pelo campeonato brasileiro. A restrição era válida duas horas antes e uma hora após as competições.
"Infelizmente, é a vontade da organização do evento, da prefeitura e dos órgãos de segurança. Vamos vender o que pudermos, respeitando integralmente o decreto", finalizou.
O vereador Rogério Amorim (PL) comunicou, para a reportagem, que entrará na Justiça contra a medida. O parlamentar a considera "sem sentido".
"A medida só pune os comerciantes que pagam impostos para a prefeitura, mais nada. É preocupante que o prefeito desconheça dados óbvios de segurança como o fato de que as brigas sempre acontecem a quilômetros do Maracanã", completou o vereador.
O prefeito Eduardo Paes considerou "a competência municipal de manutenção da ordem urbana em atendimento ao interesse público de manter a segurança no esporte", como justificativa para a decisão.
Procurado pelo DIA, o Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio afirmou que discorda do decreto da prefeitura. Segundo o SindRio, a decisão não vai impedir possíveis atos de violência.
"Apesar de sabermos das ondas de violência incluindo os tristes episódios do último jogo, entendemos que não são os bares os responsáveis pelos tumultos já que justamente são os lugares de confraternização. Nesse sentido, achamos que não será a restrição imposta pelo decreto da prefeitura que inibirá possíveis atos de violência mas sim a intensificação da segurança publica, fiscalização de ambulantes ilegais e controle de aglomerações", explicou Fernando Blower, presidente do sindicato.
Ao todo, segundo o SindRio, mais de 120 bares da região serão afetados com a decisão.
Fluminense e Boca Juniors se enfrentam na final da Conmebol Libertadores, às 17h, no Maracanã. Os ingressos para a decisão, que é em partida única, esgotaram em poucas horas. A estimativa é de 60 mil pessoas no estádio.
A imprensa argentina chegou a projetar 100 mil pessoas viajando, no entanto, o número não foi confirmada pelas autoridades brasileiras. Na próxima segunda-feira (30), uma reunião das autoridades de segurança com a Conmebol será realizada para definir as questões do plano montado para a partida.
Em entrevista ao DIA, um comerciante que não quis se identificar afirmou que os bares não deveriam ser responsabilizados pela possível falta de segurança durante o jogo.
"Nesse tipo de evento, quem sofre com as regras das organizações somos nós. A culpa sempre é do bar, torcedor e morador, e nunca do Estado, que deveria ter a função de manter a segurança. Eles não dão conta, e nos terceirizam a responsabilidade pela desordem", pontuou o comerciante.
O homem disse ainda que, por medo de maiores prejuízos, decidiu esperar até o último momento para definir a venda e a estratégia de compra.
"Imaginava que algo assim aconteceria, pela experiência de outros eventos. Projetava vender mais de 200 caixas de cerveja, o que me renderia cerca de R$ 20 mil, além de outros produtos que são comercializados por consequência", lamentou o empresário.
Até 2016, o Rio proibia a venda e consumo de bebida alcoólica dentro e fora de estádios, em jogos válidos pelo campeonato brasileiro. A restrição era válida duas horas antes e uma hora após as competições.
"Infelizmente, é a vontade da organização do evento, da prefeitura e dos órgãos de segurança. Vamos vender o que pudermos, respeitando integralmente o decreto", finalizou.
O vereador Rogério Amorim (PL) comunicou, para a reportagem, que entrará na Justiça contra a medida. O parlamentar a considera "sem sentido".
"A medida só pune os comerciantes que pagam impostos para a prefeitura, mais nada. É preocupante que o prefeito desconheça dados óbvios de segurança como o fato de que as brigas sempre acontecem a quilômetros do Maracanã", completou o vereador.
O prefeito Eduardo Paes considerou "a competência municipal de manutenção da ordem urbana em atendimento ao interesse público de manter a segurança no esporte", como justificativa para a decisão.
Procurado pelo DIA, o Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio afirmou que discorda do decreto da prefeitura. Segundo o SindRio, a decisão não vai impedir possíveis atos de violência.
"Apesar de sabermos das ondas de violência incluindo os tristes episódios do último jogo, entendemos que não são os bares os responsáveis pelos tumultos já que justamente são os lugares de confraternização. Nesse sentido, achamos que não será a restrição imposta pelo decreto da prefeitura que inibirá possíveis atos de violência mas sim a intensificação da segurança publica, fiscalização de ambulantes ilegais e controle de aglomerações", explicou Fernando Blower, presidente do sindicato.
Ao todo, segundo o SindRio, mais de 120 bares da região serão afetados com a decisão.
Fluminense e Boca Juniors se enfrentam na final da Conmebol Libertadores, às 17h, no Maracanã. Os ingressos para a decisão, que é em partida única, esgotaram em poucas horas. A estimativa é de 60 mil pessoas no estádio.
A imprensa argentina chegou a projetar 100 mil pessoas viajando, no entanto, o número não foi confirmada pelas autoridades brasileiras. Na próxima segunda-feira (30), uma reunião das autoridades de segurança com a Conmebol será realizada para definir as questões do plano montado para a partida.
*Reportagem do estagiário Victor Bastos, sob supervisão de Thiago Antunes
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