Publicado 30/10/2023 10:13
Rio - Para homenagear a menina Heloisa dos Santos, que faria 4 anos, nesta terça-feira (31), a ONG Rio de Paz realizou a colocação de uma placa com seu nome, no memorial da instituição, na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio. O espaço existe desde 2015, com objetivo de prestar homenagens e denunciar a violência urbana.
A menina ficou nove dias internada, e morreu no dia 16 de setembro. Heloisa foi baleada no dia 7 de setembro quando passava com a família pelo Arco Metropolitano e agentes atiraram contra o veículo em que eles estavam. O pai da menina contou que a família voltava da casa dos avós, em Itaguaí, na Região Metropolitana, por volta das 20h, quando passaram por uma viatura parada em um cruzamento na entrada de Seropédica.
A menina ficou nove dias internada, e morreu no dia 16 de setembro. Heloisa foi baleada no dia 7 de setembro quando passava com a família pelo Arco Metropolitano e agentes atiraram contra o veículo em que eles estavam. O pai da menina contou que a família voltava da casa dos avós, em Itaguaí, na Região Metropolitana, por volta das 20h, quando passaram por uma viatura parada em um cruzamento na entrada de Seropédica.
Segundo William Silva, não houve ordem de parada, mas os agentes passaram a seguir e a ficar muito próximos ao veículo da família. Ele então decidiu dar seta para encostar o carro e, quando já estava no acostamento, quase parando, o automóvel foi alvo de mais de quatro disparos.
Além da fixação da placa da menina, as outras 34 já existentes placas foram trocadas. As novas são de lona, material mais durável que o usado atualmente. O memorial com nomes de crianças mortas por armas de fogo, a maioria balas perdidas, e policiais assassinados no estado do Rio conta com nomes de vítimas de 2020 até este ano.
Além da fixação da placa da menina, as outras 34 já existentes placas foram trocadas. As novas são de lona, material mais durável que o usado atualmente. O memorial com nomes de crianças mortas por armas de fogo, a maioria balas perdidas, e policiais assassinados no estado do Rio conta com nomes de vítimas de 2020 até este ano.
De acordo com João Luís Silva, articulador social da ONG, o mural, além de homenagear as vítimas, é uma forma de repudiar a violência no Rio. “A gente tá aqui para prestar essa homenagem às crianças e incluir novas vitimas de confrontos, mortas por confrontos. Incluindo a Heloísa, que faria 4 anos amanhã. Os pais da menina seguem inconsolável e estamos pensando em possibilidades para atenuar, de alguma forma, o que eles vem passando. A gente vem para mostrar nosso repúdio por esse lado da violência mais cruel, que atinge as crianças", disse.
Além disso, João pediu respostas para reduzir a letalidade infantil no estado. Ele citou a reunião da cúpula do governo federal, agendada para esta segunda-feira (30), com intuito de discutir a atuação do governo no combate ao crime organizado no Rio. "A gente espera que nessa reunião que está programa para hoje, propostas para reduzir a letalidade infantil sejam faladas e não somente uma política de segurança pública baseada em confronto seja pensada. Mais confronto e mais violência só tem levado ao aumento do número de crianças mortas no Rio", finalizou.
A ONG informou que a placa com o nome de Antonella Duarte, de 2 anos, morta em um ataque a tiros, na última sexta-feira (27), em Maricá, será colocada posteriormente.
Desde 2007, o Rio de Paz contabiliza as mortes por balas perdidas de crianças de 0 a 14 anos no estado do Rio. Segundo a ONG, em 16 anos, já são 103 vítimas.
A ONG informou que a placa com o nome de Antonella Duarte, de 2 anos, morta em um ataque a tiros, na última sexta-feira (27), em Maricá, será colocada posteriormente.
Desde 2007, o Rio de Paz contabiliza as mortes por balas perdidas de crianças de 0 a 14 anos no estado do Rio. Segundo a ONG, em 16 anos, já são 103 vítimas.
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