Publicado 07/11/2023 12:13
Rio - Uma estátua de bronze de 1,60 m e cerca de 120 kg foi furtada do Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio. O objeto ornava o mausoléu do escritor e médico Cláudio de Sousa (1876-1954), que fez parte da Academia Brasileira de Letras (ABL). No local, um pé de cabra foi encontrado.
De acordo com Marconi Andrade, fundador do projeto SOS Patrimônio, coletivo que se dedica a cuidar do acervo histórico do Rio, o crime foi denunciado ao grupo na semana passada. Ainda segundo ele, o pé de cabra pode ter sido para remover a estátua da estrutura do túmulo.
“Sem dúvidas, a teoria mais forte é que o sujeito arrancou a peça do chão com o pé de cabra que encontramos na base do túmulo. Estamos pensando como o ladrão carregou essa estátua... Pode ser que tenha quebrado em pedaços, mas faria barulho e alguém teria escutado. Não faz sentido”, lamenta o historiador.
O mausoléu de Cláudio de Sousa fica em um dos principais corredores do cemitério. O túmulo conta ainda com outras duas estátuas de tamanho semelhante. O fato, porém, não intimidou o autor do furto, como ressalta o integrante do SOS Patrimônio. “Não sabemos quando a ela [estátua] sumiu exatamente, mas foi semana passada. Não dá para entender como desapareceu assim, do nada. Ainda mais no mausoléu que é um verdadeiro monumento”, afirma.
Segundo Marconi, outras sepulturas no local também já sofreram com o vandalismo. "Além deste furto, o túmulo do Marquês de Paraná também já foi violado. A porta de bronze que fechava a estrutura foi arrancada anos atrás. O objeto pesava mais de 200 kg, e até hoje não se sabe para onde foi levado", relembra o historiador.
Segundo Marconi, outras sepulturas no local também já sofreram com o vandalismo. "Além deste furto, o túmulo do Marquês de Paraná também já foi violado. A porta de bronze que fechava a estrutura foi arrancada anos atrás. O objeto pesava mais de 200 kg, e até hoje não se sabe para onde foi levado", relembra o historiador.
Ainda de acordo com Marconi, as peças costumam ser repassadas a ferros-velhos. “São casos semelhantes. O bandido pega a peça e vende ao ferro-velho, e sempre são os mesmos estabelecimentos, é algo marcado já. Já tiveram inúmeras vezes de ir no mesmo comprador e os objetos roubados estarem lá. Ninguém investiga se há alguma relação nesses casos”, enfatiza.
O São João Batista é administrado pela concessionária Rio Pax desde 2014. Procurada, a empresa afirma que "atua ativamente na segurança de seus Cemitérios". A organização também declarou "que será aberto procedimento interno para apuração do caso em questão".
O São João Batista é administrado pela concessionária Rio Pax desde 2014. Procurada, a empresa afirma que "atua ativamente na segurança de seus Cemitérios". A organização também declarou "que será aberto procedimento interno para apuração do caso em questão".
Em nota, a PM informou que "o 2° BPM (Botafogo) não foi acionado para este caso. Porém, o comando da unidade está à disposição da empresa Rio Pax, administradora do cemitério, por meio dos canais oficiais. Na região há policiamento do próprio batalhão, além de apoio dos militares da UPP Tabajaras".
A Polícia Civil disse que "o caso está sendo investigado pela 10ª DP (Botafogo)." A corporação informou ainda que "agentes realizam diligências para esclarecer os fatos".
Operações em ferros-velhos
No dia 5 de setembro, dois ferros-velhos clandestinos foram interditados na Avenida Visconde de Niterói, na Mangueira, Zona Norte do Rio, durante operação de fiscalização da Secretaria de Ordem Pública (Seop). Em 4 de agosto, a Seop, junto à Subprefeitura do Centro, fechou outro estabelecimento na Rua Frei Caneca, no Centro da cidade, que não tinha alvará de licenciamento e já havia sido interditado duas vezes.
Furto de peça sacra
Outro caso de vandalismo contra o patrimônio histórico da cidade aconteceu no último sábado (4). A Polícia Federal investiga o furto de uma peça de arte sacra da Igreja São Francisco de Paula, no Largo São Francisco, no Centro do Rio. Um ladrão levou a parte superior de um ostensório, que é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Ele chegou a ser detido pela Polícia Militar na Avenida Presidente Vargas, na tarde desta segunda (6), e encaminhado para a 5ª DP (Mem de Sá), mas foi solto no mesmo dia. A estrutura furtada era parte de uma custódia - objeto em que se coloca a hóstia para adoração dos fiéis - de liga metálica, com pedras semipreciosas, medindo 140 cm de altura por 44 cm de largura. O caso foi registrado na 5ª DP (Mem de Sá).
Operações em ferros-velhos
No dia 5 de setembro, dois ferros-velhos clandestinos foram interditados na Avenida Visconde de Niterói, na Mangueira, Zona Norte do Rio, durante operação de fiscalização da Secretaria de Ordem Pública (Seop). Em 4 de agosto, a Seop, junto à Subprefeitura do Centro, fechou outro estabelecimento na Rua Frei Caneca, no Centro da cidade, que não tinha alvará de licenciamento e já havia sido interditado duas vezes.
Furto de peça sacra
Outro caso de vandalismo contra o patrimônio histórico da cidade aconteceu no último sábado (4). A Polícia Federal investiga o furto de uma peça de arte sacra da Igreja São Francisco de Paula, no Largo São Francisco, no Centro do Rio. Um ladrão levou a parte superior de um ostensório, que é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Ele chegou a ser detido pela Polícia Militar na Avenida Presidente Vargas, na tarde desta segunda (6), e encaminhado para a 5ª DP (Mem de Sá), mas foi solto no mesmo dia. A estrutura furtada era parte de uma custódia - objeto em que se coloca a hóstia para adoração dos fiéis - de liga metálica, com pedras semipreciosas, medindo 140 cm de altura por 44 cm de largura. O caso foi registrado na 5ª DP (Mem de Sá).
*Reportagem do estagiário Lucas Guimarães, sob supervisão de Raphael Perucci
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