'Vai aumentar nosso combate e repressão', diz secretário da PM sobre agente assassinada em Santa Cruz

Rio - A policial militar Vaneza Lobão, de 31 anos, assassinada na porta de casa em Santa Cruz, foi enterrada na tarde deste domingo (26) no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio. A agente foi morta a tiros por homens encapuzados e, segundo o governador Cláudio Castro (PL), há indícios que milicianos que ela monitorava estejam envolvidos.

O sepultamento contou com a presença de cerca de 150 pessoas, incluindo familiares, amigos e policiais militares, civis e rodoviários federais. A agente era lotada na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), órgão subordinado à Corregedoria da corporação, e trabalhava em um setor dedicado ao monitoramento de grupos de milicianos e contraventores.

O secretário de Estado de Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Marinho Pires, também esteve presente. Para o comandante, a morte da policial é uma agressão ao estado e à corporação. Pires ressaltou que o combate e a repressão contra a milícia e o tráfico irá aumentar devido ao assassinato.

"A morte de qualquer policial militar já é uma agressão ao estado, uma agressão à instituição. Por ela trabalhar na área se torna mais inaceitável ainda. É uma agressão ao estado de direito, uma covardia. A gente vai investigar, apurar e vamos prender quem fez isso. [A morte] vai aumentar o nosso combate e a nossa repressão tanto sobre a milícia quanto sobre o tráfico, que para a gente não tem diferença. São bandidos, marginais da lei. Vamos aumentar o combate como estamos fazendo diariamente no nosso estado. Vamos continuar trabalhando da mesma forma agora com mais intensidade agora com um novo objetivo que é prender quem matou e quem mandou matar nossa policial militar", comentou. 

Emocionados, familiares, que vestiam camisas com homenagens a Vaneza, precisaram ser amparados. Os presentes oraram e cantaram louvores na despedida da PM, marcada uma salva de tiros durante o cortejo.

A cabo Vaneza Lobão morreu na porta de casa, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, no fim da noite desta sexta-feira (24). O crime aconteceu na Rua Passo da Pátria, quando a policial, que estava de folga, teve seu carro atacado por bandidos encapuzados armados com fuzis. O assassinato está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

De acordo com a Polícia Militar, os autores dos disparos que mataram a policial estavam em um carro preto e fugiram logo na sequência. A corporação informou que o grupo, inclusive, já aguardava por Vaneza na porta da sua residência quando ela saía em seu carro.

Já no início da madrugada deste sábado (25), um miliciano supostamente envolvido no crime foi preso por homens do 27º BPM (Santa Cruz) no loteamento Madean, em Santa Cruz, durante uma ação que buscava envolvidos no ataque. Com o criminoso, foi apreendida uma pistola. O nome dele não foi divulgado.

O Disque Denúncia divulgou um cartaz pedindo informações que ajudassem na prisão dos envolvidos na morte da PM. A recompensa por informações é de R$ 5 mil. Com a morte, sobe para 52 o número de agentes de segurança, mortos em ações violentas no Estado do Rio, no ano de 2023, sendo 46 da Policia Militar, entre nove em serviço, 28 de folga e quatro reformados.