Vaneza Lobão, de 31 anos, foi morta a tiros por homens encapuzados nesta sexta-feira (24), em Santa CruzReprodução

Rio - O governador Cláudio Castro (PL) disse, em um vídeo publicado nas suas redes sociais, neste sábado (25), que há indícios de que milicianos monitorados pela policial militar Vaneza Lobão, de 31 anos, foram os responsáveis pelo seu assassinato. O ministro da Justiça e Segurança Pública também lamentou a morte e informou que orientou a Polícia Federal para auxiliar nas investigações.
De acordo com Castro, a resposta sobre o crime será rápida e dura. O governador destacou que as polícias irão combater os criminosos do estado. Ele ainda aproveitou para se solidarizar com a família da agente, executada a tiros na frente de casa nesta sexta-feira (24).
"Eu estou fazendo esse vídeo para, em primeiro lugar, me solidarizar com a família da nossa policial militar Vaneza Lobão, que foi brutalmente assassinada ontem. Há indícios de que sejam milicianos, os quais ela investigava. Ela fazia parte da nossa corregedoria. Eu queria me solidarizar com a família dela e dizer que eu determinei que a resposta fosse rápida e dura. Nós não deixaremos com que policiais que fazem o seu trabalho bravamente corram risco e fiquem à mercê dessa bandidagem. Pode ser miliciano e traficante, estamos combatendo e iremos atrás. Só vai aumentar cada dia mais a nossa vontade de botar esses criminosos na cadeia", contou.
Também nas redes sociais, Flávio Dino lamentou a morte da PM e revelou que a Polícia Federal irá ajudar na apuração sobre o caso.
"Lamentamos o terrível crime cometido contra a policial Vaneza Lobão, no Rio de Janeiro. Minha solidariedade à família e aos colegas da corporação. Orientei a Polícia Federal a ajudar nas investigações, de competência das autoridades estaduais", escreveu.
O delegado Marcus Amim, secretário de Estado de Polícia Civil, publicou que a instituição não medirá esforços para encontrar os culpados do crime.
"Uma mulher fuzilada na porta de casa, na frente da sua companheira. ONGs? Os autodenominados defensores dos direitos humanos? Calados. Ela era policial. Covardes! À esposa, aos familiares, aos amigos e colegas de fardas, uma promessa: nós os encontraremos", destacou.
Relembre o caso
A cabo Vaneza Lobão morreu na porta de casa, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, no fim da noite desta sexta-feira (24). O crime aconteceu na Rua Passo da Pátria, quando a policial, que estava de folga, teve seu carro atacado por bandidos encapuzados armados com fuzis.
A agente era lotada na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), órgão subordinado à Corregedoria da corporação. Ela trabalhava em um setor dedicado ao monitoramento de grupos de milicianos e contraventores. O assassinato está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
De acordo com a Polícia Militar, os autores dos disparos que mataram a policial estavam em um carro preto e fugiram logo na sequência. A corporação informou que o grupo, inclusive, já aguardava por Vaneza na porta da sua residência quando ela saía em seu carro.
Já no início da madrugada deste sábado (25), um miliciano supostamente envolvido no crime foi preso por homens do 27º BPM (Santa Cruz) no loteamento Madean, em Santa Cruz, durante uma ação que buscava envolvidos no ataque. Com o criminoso, foi apreendida uma pistola. O nome dele não foi divulgado.
O Disque Denúncia divulgou um cartaz pedindo informações que ajudassem na prisão dos envolvidos na morte da PM. A recompensa por informações é de R$ 5 mil. Com a morte, sobe para 52 o número de agentes de segurança, mortos em ações violentas no Estado do Rio, no ano de 2023, sendo 46 da Policia Militar, entre nove em serviço, 28 de folga e quatro reformados.
Vaneza estava na corporação desde 2013. Seu sepultamento será realizado às 16h no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio, neste domingo (26).