Publicado 28/11/2023 21:14 | Atualizado 28/11/2023 21:57
Rio - A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) informou, na noite desta terça-feira (28), que a manutenção anual do Sistema Guandu será adiada pela terceira vez. A mudança de data foi motivada pelo rompimento de uma adutora em Nova Iguaçu que destruiu diversos imóveis e afetou o abastecimento de água nos municípios de São João de Meriti e Nilópolis, na Baixada Fluminense, e na Zona Norte da capital.
De acordo com a Cedae, a manutenção está marcada para começar às 4h do próximo dia 5 com término às 4h do dia 6.
"A ocorrência prejudicou o abastecimento em partes das zonas Norte e Oeste do Rio, além dos municípios de Nilópolis e São João de Meriti, deixando os moradores sem água antes da data em que o Sistema Guandu ficaria fora de operação, entre quinta (30) e sexta-feira (1º). Lamentamos os transtornos de um novo adiamento, anteriormente ocasionados pela onda de calor intenso e oscilações no fornecimento de energia na rede de distribuição de água, mas a medida é extremamente necessária para evitar que a população fique desabastecida por mais tempo", informou a companhia.
A manutenção preventiva no Sistema Guandu afeta a produção de água para mais de 10 milhões de fluminenses. Primeiramente, o serviço aconteceria no último dia 16, mas foi adiado por causa da forte onda de calor que atingiu o estado durante o período.
Com isso, a atividade era para ter acontecido no dia 23. Os temporais que caíram em diversas cidades do Rio, no entanto, causaram apagões que afetaram a distribuição de água. A manutenção, então, passou para o dia 30 de novembro, mas não acontecerá por conta do rompimento da adutora.
O serviço vai mobilizar mais de 500 profissionais, entre engenheiros, eletricistas, mecânicos e agentes de saneamento. Os técnicos farão inspeções e correções para reforçar a eficiência do sistema, como instalação de equipamentos, reparos gerais, ajustes eletromecânicos, revisão de peças e limpeza das estruturas que não podem ser acessadas durante a operação normal.
"Por que a Cedae faz a manutenção perto do verão? Um dos principais motivos é que, quanto mais próximo do verão fizermos a paralisação, mais garantia teremos de passar pelo período mais quente do ano com a estação performando sem intercorrências, ou seja, produzindo em sua capacidade total. Caso fizéssemos esta paralisação no inverno, teria uma janela de seis meses para surgir um problema na estação. E, se fosse necessário parar a estação para corrigi-lo, só conseguiríamos fazer depois do verão, e a operação ficaria comprometida, podendo causar redução na produção de água logo no período em que há maior demanda", disse Daniel Okumura, diretor de Saneamento e Grande Operação da Cedae.
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