Publicado 06/12/2023 08:12
Rio - Os recentes casos de violência em Copacabana, na Zona Sul do Rio, motivaram a criação de grupos de justiceiros para combater a os assaltos no bairro. Através das redes sociais, os integrante, que planejam "caçar" os suspeitos de roubo empregando táticas agressivas, afirmam que moradores andam desprotegidos nas ruas da região. Segundo o Código Penal Brasileiro, fazer justiça com as próprias mãos é crime.
O professor de jiu-jítsu Fernando Pinduka fez uma convocação aos mais de 100 mil seguidores. Na publicação, ele afirma que está indignado com "os últimos episódios ocorridos em Copacabana, agressões e covardias comandadas por vagabundos, assaltantes e desordeiros contra pessoas de bem".
Pinduka pede, ainda, ajuda das academias e lutadores da região. "Seria fantástico um engajamento das academias e de lutadores da localidade participando dessa ideia, abraçando o projeto de limpeza em Copacabana", escreveu.
Na postagem, o professor afirma que não está estimulando a violência, mas sim "estimulando alguma maneira de proteger à nós mesmos, nossos familiares e as pessoas do bem que estão sendo humilhadas nas ruas". Ele relembrou ainda que nos anos 90 foi realizado "uma patrulha de proteção". Disse que, na ocasião, deu certo e teve "um verão mais tranquilo".
Nos comentários, a maioria aderiu a ideia e se mostrou a disposição. "Mestre, tem uma galera engajada em fazer isso acontecer. Só falar qual é o plano que tem uma tropa a disposição", escreveu um. "Mestre, você está corretíssimo, super aprovo e estou dentro também. Surreal o que acontece atualmente nas ruas do Rio. Vamos juntos dar um basta nisso, já que as autoridades não estão conseguindo", disse outro.
Pinduka pede, ainda, ajuda das academias e lutadores da região. "Seria fantástico um engajamento das academias e de lutadores da localidade participando dessa ideia, abraçando o projeto de limpeza em Copacabana", escreveu.
Na postagem, o professor afirma que não está estimulando a violência, mas sim "estimulando alguma maneira de proteger à nós mesmos, nossos familiares e as pessoas do bem que estão sendo humilhadas nas ruas". Ele relembrou ainda que nos anos 90 foi realizado "uma patrulha de proteção". Disse que, na ocasião, deu certo e teve "um verão mais tranquilo".
Nos comentários, a maioria aderiu a ideia e se mostrou a disposição. "Mestre, tem uma galera engajada em fazer isso acontecer. Só falar qual é o plano que tem uma tropa a disposição", escreveu um. "Mestre, você está corretíssimo, super aprovo e estou dentro também. Surreal o que acontece atualmente nas ruas do Rio. Vamos juntos dar um basta nisso, já que as autoridades não estão conseguindo", disse outro.
William Correia, um dos líderes do movimento, também gravou um vídeo convocando voluntários a enfrentarem os assaltantes. “E aí, rapaziada de Copacabana, qual vai ser? Vamos deixar os caras fazer o que querem aqui no nosso bairro mesmo? Cadê a nossa rapaziada de 2015 que botou esses caras pra correr? E aí? Vai esperar ser o nosso pai, o nosso avô, teu pai, alguém da tua família? Tomar um soco na cara e ficar por isso mesmo, ninguém fazer nada? Polícia não pode fazer nada, prende e solta”, disse.
Na publicação de Pinduka, William Correia agradeceu o apoio do professor. "Obrigada mestre! Ter você nessa será muito importante. Juntos somos invencíveis", escreveu.
Em nota, a Polícia Civil informou que tomou conhecimento da situação e disse que diligências estão em andamento para identificar os envolvidos e esclarecer os fatos.
Procurada pelo DIA, a Associação de Moradores de Copacabana (AMACOPA) informou que repudia qualquer atitude tomada fora da lei. "Temos que andar dentro da lei, tomar qualquer atitude violenta vai inverter o jogo. Precisamos combater a desordem e o crime dentro da lei. Precisamos de mais policias para combater, diariamente, esses criminosos que vem para Copacabana tocar o terror. Somente com a Polícia Militar aumentando o efetivo vamos conseguir apaziguar essa criminalidade. Esse é o único passo que podemos dar dentro da lei", ressaltou o presidente da associação, Tony Teixeira.
A iniciativa dos justiceiros ocorreu após o ataque sofrido pelo empresário Marcelo Rubim Benchimol, de 67 anos. Ele foi agredido e roubado em Copacabana por um grupo de jovens no último domingo (3). A ação foi flagrada por câmeras de segurança. A vítima recebe um soco no rosto e cai desacordada. Antes da agressão, os suspeitos ainda tentaram assaltar uma mulher que passava pelo local.
Casos recentes
Um fã da cantora Taylor Swift foi morto a facadas no último dia 19, na Praia de Copacabana. Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos, de 25 anos, foi vítima de um latrocínio, roubo seguido de morte. Dois dos três suspeitos do crime haviam sido presos por furto na sexta-feira (17) e soltos em audiência de custódia horas antes do assassinato.
Nove dias depois, a Polícia Civil prendeu, pela terceira vez no mês de novembro, Alan Ananias Cavalcante, de 26 anos, suspeito de roubar um casal de turistas de São Paulo, em Copacabana. Patrick da Mota Vieira, comparsa de Alan no roubo ao casal, também foi preso. O crime contra o casal aconteceu por volta das 5h, na Rua Paula Freitas, próximo à esquina com a Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Os paulistas foram surpreendidos por três criminosos que saíram de trás de uma banca de jornal, que os cercaram exigindo seus pertences.
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