Publicado 12/12/2023 13:55 | Atualizado 12/12/2023 14:40
Rio - O julgamento dos dois acusados pela morte do repórter cinematográfico Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, começou nesta terça-feira (12) no III Tribunal do Júri da Capital, quase 10 anos após o crime, que aconteceu em 2014. Para a defesa da vítima, a expectativa é que os réus Caio Silva de Souza e Fábio Raposo Barbosa sejam condenados por homicídio qualificado.
Os dois são acusados de acenderam o explosivo que atingiu e causou a morte de Santiago durante um protesto no Centro do Rio. O repórter sofreu fratura do crânio, hemorragia intracraniana e laceração encefálica. Ele morreu quatro dias após o incidente.
Momentos antes do julgamento, a advogada Carolina Heringer, que representa a família de Santiago, explicou como deve ocorrer a sessão, uma vez que os dois vão a júri popular. "Serão ouvidos primeiro as testemunhas de acusação, em seguida as de defesa, depois os réus serão ouvidos. Haverá também um debate das defesas e depois os jurados darão o veredito", disse.
Ainda de acordo com a advogada, após quase 10 anos, a expectativa é que os réus sejam condenados. "Nossa expectativa é de que o julgamento de fato aconteça hoje, porque tivemos uma demora imensa para que o júri fosse pela primeira vez marcado. Ele chegou a ser marcado em 2019, mas os advogados dos réus conseguiram o adiamento e foram mais 4 anos para que uma nova sessão fosse marcada", comentou.
Carolina explicou também que a defesa dos acusados alegou que eles não tiveram acesso total às provas do processo e por isso o adiamento foi concedido. "A prova principal que eles alegaram não ter acesso foram as imagens do cartão de memória da câmera do Santiago. Mas, na minha visão, essas imagens não fazem falta, porque ele estava de costas e não teria como filmar quem explodiu o rojão", acrescentou.
Momentos antes do julgamento, a advogada Carolina Heringer, que representa a família de Santiago, explicou como deve ocorrer a sessão, uma vez que os dois vão a júri popular. "Serão ouvidos primeiro as testemunhas de acusação, em seguida as de defesa, depois os réus serão ouvidos. Haverá também um debate das defesas e depois os jurados darão o veredito", disse.
Ainda de acordo com a advogada, após quase 10 anos, a expectativa é que os réus sejam condenados. "Nossa expectativa é de que o julgamento de fato aconteça hoje, porque tivemos uma demora imensa para que o júri fosse pela primeira vez marcado. Ele chegou a ser marcado em 2019, mas os advogados dos réus conseguiram o adiamento e foram mais 4 anos para que uma nova sessão fosse marcada", comentou.
Carolina explicou também que a defesa dos acusados alegou que eles não tiveram acesso total às provas do processo e por isso o adiamento foi concedido. "A prova principal que eles alegaram não ter acesso foram as imagens do cartão de memória da câmera do Santiago. Mas, na minha visão, essas imagens não fazem falta, porque ele estava de costas e não teria como filmar quem explodiu o rojão", acrescentou.
Relembre o caso
O cinegrafista Santiago Andrade, de 49 anos, morreu depois de ser atingido na cabeça por um rojão enquanto cobria manifestação no Centro do Rio, em 6 de fevereiro de 2014. Caio Silva de Souza e Fábio Raposo foram acusados de soltar o explosivo e foram denunciados pelo MP pelo crime de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e uso de explosivo).
Após ser atingido pelo rojão, Santiago Andrade ficou internado no Hospital Souza Aguiar por quatro dias e morreu em decorrência dos ferimentos. A explosão lhe causou afundamento no crânio.
Segundo a denúncia do MP, Fábio teria entregado o rojão para Caio "com a finalidade, previamente, de direcioná-lo ao local onde havia uma multidão, inclusive composta por policiais militares". Na época, os dois afirmaram que já se conheciam de outras manifestações e agiam juntos.
Segundo a defesa de Caio, as imagens que o cinegrafista gravou foram "destruídas pela Rede Bandeirantes, o que impede que todas as circunstâncias do crime sejam analisadas". Ainda segundo os advogados do réu, o Judiciário decretou a "perda da prova" pela empresa. "De qualquer maneira, Caio Silva de Souza, como já se manifestou inúmeras vezes, sente muito pelo ocorrido e se solidariza com a família do cinegrafista que perdeu a vida enquanto exercia seu ofício", disse por meio de nota a defesa.
Após ser atingido pelo rojão, Santiago Andrade ficou internado no Hospital Souza Aguiar por quatro dias e morreu em decorrência dos ferimentos. A explosão lhe causou afundamento no crânio.
Segundo a denúncia do MP, Fábio teria entregado o rojão para Caio "com a finalidade, previamente, de direcioná-lo ao local onde havia uma multidão, inclusive composta por policiais militares". Na época, os dois afirmaram que já se conheciam de outras manifestações e agiam juntos.
Segundo a defesa de Caio, as imagens que o cinegrafista gravou foram "destruídas pela Rede Bandeirantes, o que impede que todas as circunstâncias do crime sejam analisadas". Ainda segundo os advogados do réu, o Judiciário decretou a "perda da prova" pela empresa. "De qualquer maneira, Caio Silva de Souza, como já se manifestou inúmeras vezes, sente muito pelo ocorrido e se solidariza com a família do cinegrafista que perdeu a vida enquanto exercia seu ofício", disse por meio de nota a defesa.
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