Publicado 20/01/2024 19:16 | Atualizado 20/01/2024 19:26
Rio - Uma multidão de fiéis marcou presença na tradicional procissão em homenagem a São Sebastião, padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, na tarde deste sábado (20). A cerimônia começou no Santuário Basílica dos Capuchinhos, na Tijuca, na Zona Norte, e terminou na Catedral Metropolitana, no Centro.
A imagem do padroeiro do município foi carregada por diversas pessoas vestidas com camisas vermelhas e brancas com rosto do santo. A procissão, declarada patrimônio cultural do Rio de Janeiro em 2014, percorreu cerca de 5 km e contou com a presença do cardeal e arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta.
Devotos de todas as idades compareceram para agradecer e homenagear o santo. A professora Mônica Nunes, de 43 anos, esteve na procissão com o marido e com a filha, Manuela Cordeiro, de 14 anos. Segundo a moradora do Estácio, sua mãe e seu pai sempre tiveram a tradição de estar no evento e, por isso, essa devoção foi passada para sua família.
"Desde criança, sempre moramos aqui pelo Estácio. Nós sempre fomos devotos, uma devoção muito grande e viemos à procissão. Queremos graça e saúde mesmo. A gente sempre rezou pela saúde e pela paz na cidade", disse.
Maria Inês, de 67 anos, revelou que já fez diversos pedidos ao santo e sempre recebeu resposta. Na cerimônia deste ano, ela deseja um emprego para o filho. "Sou devota dele porque ele sempre atendeu os meus pedidos. Agora eu estou querendo mais um que é um emprego para o meu filho. Eu sempre tento viver e pedir muita saúde para mim e para minha família", explicou.
Já o professor João Bezerra Filho, de 64 anos, contou que foi até o local para agradecer à São Sebastião após sofrer uma tentativa de assalto, na manhã deste sábado, quando ia para a casa da filha, na Tijuca.
"Sou devoto de São Sebastião desde pequenininho. Desde quando eu era garoto e morava em comunidade, minha mãe sempre fazia a gente vir na procissão. Inclusive, hoje eu sofri um assalto. Eu disse que não ia dar e ele foi embora. Eu vi que o Dia de São Sebastião foi uma benção. Ele disse que estava em uma faca. Ele não me mostrou, eu empurrei e ele foi embora. Não me levou nada. Essa foi a intercessão de São Sebastião", disse.
No Brasil há cerca de 450 igrejas com o nome de São Sebastião e 62 cidades apadrinhadas pelo mártir. A história conta que a tradição teve início em 1886, quando o frei Fidélis d'Ávila, um fervoroso devoto de Nossa Senhora de Lourdes, foi curado de uma grave enfermidade com água benta e mandou construir uma gruta dedicada à santa ao lado da então Igreja de São Sebastião, no Morro do Castelo, no Centro.
Devido à fé, os freis franciscanos capuchinhos passaram a dar a bênção sempre na primeira sexta-feira de cada mês. Com o passar dos anos, o número de fiéis foi aumentando, assim como a crença de se começar bem o ano abençoado por Deus, com essa bênção especial dada pelos freis. Ainda de acordo a história, a partir da transferência da Igreja do Morro do Castelo para a Rua Haddock Lobo, na Tijuca, em 1931, a bênção passou a ser dada no Santuário Basílica de São Sebastião dos Frades Capuchinhos.
Missa na Basílica dos Capuchinhos
As festividades no Dia de São Sebastião aconteceram durante todo o dia na cidade do Rio. Pela manhã, fiéis compareceram à missas realizadas no Santuário Basílica dos Capuchinhos, na Tijuca, na Zona Norte. No local, a primeira missa foi às 5h, seguida de celebrações de hora em hora, com a última às 19h. A cada cerimônia devotos de todas as idades vestindo vermelho encheram a igreja. A missa das 9h foi realizada pelo cardeal Orani Tempesta.
"A cidade de São Sebastião nasceu aqui no Rio de Janeiro na conquista portuguesa e, ao mesmo tempo, ficou como marca dessa região. Todo carioca que nasce ou vive aqui acaba tendo essa cultura de São Sebastião, além de não desanimar com os desafios da vida e sempre se levantar e recomeçar. Pedimos a Deus para que sejamos sempre portadores de esperança e confiança para toda a cidade", afirmou o cardeal.
Além das missas e da procissão, sacerdotes estiveram à disposição para confissões e barracas venderam canjica, pastel, cachorro quente, pizza, entre outros quitutes. A imagem de São Sebastião, em frente à igreja, recebeu fiéis pela manhã, rosas vermelhas e brancas, além de contemplação, orações, pedidos e agradecimentos.
Outras celebrações
Na Paróquia São Sebastião, em Quintino, também na Zona Norte, a festa começou às 6h45 com uma alvorada solene. As missas aconteceram às 7h, 8h30, 10h, 11h30, 16h e 19h. Uma carreata percorreu ruas do bairro e, no fim da tarde, houve uma procissão.
Já na Ilha do Governador, ainda Zona Norte, a Paróquia São Sebastião, na Praia de Olaria, em Cocotá, fez uma festa com música ao vivo e sorteio de prêmios, como Smart TVs, bicicleta e microondas, entre outros eletrodomésticos, além de missas temáticas, procissão e missa campal.
Na Paróquia São Sebastião, em Quintino, também na Zona Norte, a festa começou às 6h45 com uma alvorada solene. As missas aconteceram às 7h, 8h30, 10h, 11h30, 16h e 19h. Uma carreata percorreu ruas do bairro e, no fim da tarde, houve uma procissão.
Já na Ilha do Governador, ainda Zona Norte, a Paróquia São Sebastião, na Praia de Olaria, em Cocotá, fez uma festa com música ao vivo e sorteio de prêmios, como Smart TVs, bicicleta e microondas, entre outros eletrodomésticos, além de missas temáticas, procissão e missa campal.
Seguindo a tradição, a G.R.E.S Portela, em Oswaldo Cruz, Zona Norte, fez uma festa para celebrar o dia. As comemorações começaram nesta sexta-feira (19), com o Portela Convida. A anfitriã foi a primeira a se apresentar. Em seguida, houve a vez da afilhada da azul e branco, o G.R.E.S. União da Ilha. O encerramento ficou por conta do G.R.E.S Estácio de Sá. Nas primeiras horas deste sábado (20), foi realizada uma alvorada. Às 8h30, houve missa e, em seguida, uma grande carreata até a Paróquia São Sebastião, em Bento Ribeiro. No retorno à quadra, a festa continuou com almoço e bolo.
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