Devido as fortes chuvas que atingiram o Rio, várias áreas do Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, ficaram inundadas Marcos Porto/Agência O Dia
Publicado 24/01/2024 14:58 | Atualizado 24/01/2024 15:52
Rio - A Defensoria Pública da União (DPU) informou, nesta quarta-feira (24), que aguarda, desde dezembro de 2023, uma resposta do Ministério da Saúde sobre a construção de um plano de ação para solucionar problemas estruturais dos hospitais federais do Rio de Janeiro. Já faz mais de um mês que a recomendação foi emitida. O prazo estipulado foi de 60 dias.

No documento, a Defensoria solicita a apresentação de um cronograma detalhado para a conclusão das medidas a serem executadas. A instituição pede que o plano de ação esteja alinhado com os problemas identificados no 'Relatório de visita técnica para diagnóstico situacional dos hospitais federais do Rio de Janeiro'.

Entre as complicações identificadas no relatório estão: obras paradas e espaços abandonados, carência de leitos, déficit de médicos oncologistas, escassez de recursos humanos, diminuição da capacidade de atendimento ambulatorial e falta de definição do perfil assistencial das emergências.

Um exemplo de um desses problemas pôde ser visto nesta terça-feira (23). Com as fortes chuvas que atingiram o Rio, várias áreas do Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, ficaram inundadas.

A defensora regional de Direitos Humanos da DPU no Rio, Shelley Duarte Maia, destaca a urgência de resolver a situação, ressaltando que "nove meses após a apresentação do referido relatório, é crucial que o Ministério da Saúde especifique as medidas a serem adotadas diante do cenário crítico que persiste”.

"Importante ressaltar a notória necessidade de recomposição dos recursos humanos das unidades, tendo em vista a carência de profissionais para o desenvolvimento da assistência à população, e sendo certo que, de acordo com o relatório, cerca de 34% da mão de obra é oriunda de contrato temporário da União, diante à ausência de concursos públicos na última década", disse a defensora.
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