Um professor de jiu-jítsu foi preso nesta segunda-feira (29) por agredir a ex-mulher. Segundo a Polícia Civil, a vítima relatou que, além das agressões, Marcio de Oliveira Barreto a manteve dentro de um carro por seis horas enquanto seguia para Petrópolis, na Região Serrana do Rio.Armando Paiva/Agência O Dia
Publicado 30/01/2024 16:53
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) manteve, durante audiência de custódia realizada nesta terça-feira (30), a prisão do professor de jiu-jitsu Márcio de Oliveira Barreto. Ele foi preso por suspeita de agredir a ex-mulher e a manter dentro de um carro por seis horas.
A decisão foi da juíza Rachel Assad da Cunha. Segundo a magistrada, o mandado de prisão contra o homem está dentro do prazo de validade e a decisão que gerou sua expedição não foi revogada pelo juízo natural. 
O professor foi preso nesta segunda-feira (29) em Quintino, na Zona Norte do Rio, durante uma ação da 27ª DP (Vicente de Carvalho). Em depoimento, a fisioterapeuta Adriana Freitas Barreto relatou que Márcio a agrediu com enforcamentos, mordidas, torção de dedo, punho e puxão de cabelo, além de xingá-la e ameaçá-la.
Ela disse ainda que o ex-companheiro tentou estuprá-la perto de um motel em Teresópolis, na Região Serrana do Rio. A vítima também contou que o homem a manteve por seis horas dentro de um carro enquanto seguia em direção à Petrópolis, também na Região Serrana.
Adriana foi agredida na última sexta-feira (27) na saída de uma festa de amigos em comum com Márcio. Após estar dentro do carro, ela só conseguiu fugir seis horas depois quando o agressor parou para abastecer em um posto de gasolina na manhã de sábado (28). A vítima pulou do veículo e foi ajudada por frentistas.
A mulher relatou que o agressor a procurava constantemente para reatar o relacionamento. No dia das agressões, Márcio viu mensagens da ex com um homem e, a partir disso, a vítima viveu horas de terror. "Ele me levou para fora do sítio, me jogou no chão, me chutou e agrediu. Ele me botou dentro do carro e ficou me torturando por seis horas. Ele subiu a serra de Petrópolis, eu vi placas da estrada de Três Rios. Ele tentou entrar em um motel e falou que ia me estuprar. Nessa hora, tentei abrir a porta, mas ele mordeu minha perna, foi aí que ele pegou o retorno e eu consegui pedir socorro no posto de gasolina".
Adriana já tinha uma medida protetiva contra o ex-marido desde maio do ano passado, após ele invadir seu apartamento, roubar seu celular duas vezes e tentar espancá-la. A prisão do homem é preventiva e ele foi indiciado pelos crimes de lesão corporal, tentativa de estupro, sequestro e descumprimento de medida protetiva.
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