Publicado 01/02/2024 13:17
Rio - Os militares do Corpo de Bombeiros que trabalhavam no dia do desaparecimento de Edson Davi e estavam afastados por questões psiquiátricas, disseram em depoimento que não viram o menino entrar na água. Os militares relataram o caso nesta terça-feira (29), na sede da Delegacia de Descobertas de Paradeiros (DDPA), 25 dias após o desaparecimento do menino, no dia 4 de janeiro.
Segundo a delegada titular da especializada, Elen Souto, os bombeiros afirmaram que o mar estava agitado e que havia uma vala bem em frente à barraca da família. Os salva-vidas também destacaram que três bandeiras vermelhas estavam afixadas e que não viram a criança entrar na água. "Os bombeiros não viram nada, mas narraram que o mar estava agitado", contou.
Para a delegada, a linha de investigação que aponta para o afogamento de Édson Davi segue mantida. "Analisadas 13 câmeras em um perímetro de 2 km, e o menino não sai da praia. O ultimo vídeo continua o posicionando na praia", explica.
Uma foto incluída na investigação mostrou o menino jogando bola com outra criança próximo a um posto de guarda-vidas vazio, sem a presença de bombeiros fazendo a vigilância do mar do alto. Sobre a imagem, os militares disseram que poderiam estar na areia.
A lista de imagens avaliadas pelos investigadores inclui o vídeo revelado, nesta quarta-feira (30), onde o menino aparece ao lado da barraca da família. A filmagem foi feita por um dos funcionários do pai do menino por volta das 16h40, cerca de 20 minutos antes da família dar falta de Édson, às 17h.
"Não há testemunhas que relatem sequestro, só há testemunhas que narram que ele estava na agua e querendo entrar no mar", pontua a delegada. O caso segue sendo investigado pela DDPA.
O advogado da família do menino, Marcelo Shad, falou sobre a demora no depoimento dos militares do Corpo de Bombeiros e como esse prazo longo vai contra o procedimento ideal em casos de desaparecimento. "Quanto mais o tempo passa, mais difícil ficam as coisas. Então, é interessante que tudo isso seja feito o mais breve possível, evitando atrasos e contratempos", comentou o defensor.
Ainda segundo Shad, a situação dos militares pedirem afastamento ainda foge o esperado para profissionais que estão acostumados a lidar com situações extremas no mar. "Vejo que por motivos exclusivos de afogamento, é algo difícil de ocorrer, já que lidam diariamente com essas ocorrências", avaliou o advogado.
As buscas pelo menino continuam pelo 28º dia seguido nesta quinta-feira (1º). A operação tem o empenho de guarda-vidas, mergulhadores, quadriciclos, motos-aquáticas, drones e helicópteros. A área de buscas foi ampliada devido as correntes marítimas e ao possível deslocamento da vítima para locais distantes da costa.
Atualmente, além dos pontos vistoriados pelos guarda-vidas em toda a orla da Barra, Recreio, Guaratiba e Sepetiba, há emprego de recursos também em praias da Zona Sul e de Niterói, onde aeronaves fazem sobrevoos diários. O Corpo de Bombeiros informa que também mantém mergulhadores de prontidão para acionamento em caso de novo indício.
Os pais do menino fizeram um novo ato na Praia da Barra, altura do Posto 4, onde o menino desapareceu na última segunda-feira (29). No local, foram colocadas faixas e cartazes pedindo pela conclusão do caso e localização de Edson Davi.
Atualmente, além dos pontos vistoriados pelos guarda-vidas em toda a orla da Barra, Recreio, Guaratiba e Sepetiba, há emprego de recursos também em praias da Zona Sul e de Niterói, onde aeronaves fazem sobrevoos diários. O Corpo de Bombeiros informa que também mantém mergulhadores de prontidão para acionamento em caso de novo indício.
Os pais do menino fizeram um novo ato na Praia da Barra, altura do Posto 4, onde o menino desapareceu na última segunda-feira (29). No local, foram colocadas faixas e cartazes pedindo pela conclusão do caso e localização de Edson Davi.
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