O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC)Arquivo / Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Publicado 07/02/2024 17:38 | Atualizado 07/02/2024 19:25
Rio - Marli Medeiros Valério, de 74 anos, morta a tiros pelo irmão Jorge Ferraz Valério, de 77, nesta terça-feira (6), já o havia denunciado pelo crime de ameaça em 2020. O caso foi investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Campo Grande, na Zona Oeste, que encaminhou o procedimento ao Tribunal de Justiça. Cerca de um ano depois, o caso foi arquivado.
Jorge teria cometido o crime na Rua Potiraguá, em Campo Grande, por causa de uma disputa familiar em relação a uma divisão de herança. Ele discutiu com a idosa e o filho dela, de 34 anos, e eem seguida pegou uma arma e disparou contra os dois. Marli morreu na hora enquanto seu filho Victor Hugo Valério de Lucena, baleado na boca, foi encaminhado ao Hospital Municipal Rocha Faria.
O suspeito tentou fugir, mas foi preso em flagrante por policiais do 40º BPM (Campo Grande) em um dos acessos à Avenida Brasil, altura de Santíssimo. Com ele, os agentes encontraram um revólver calibre 38 que teria sido usado no crime. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). 
Victor Hugo foi transferido para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, e passou por cirurgia para a retirada do projétil. De acordo com a direção da unidade, ele sofreu uma fratura no rosto e em uma vértebra, além de perder alguns dentes. O quadro de saúde é considerado estável e é possível que ele receba alta em uma semana.
"Possivelmente, não haverá sequelas, mas ele terá de ser reavaliado por especialistas por pelo menos seis meses de acompanhamento", comunicou a direção do hospital.
Prisão convertida para preventiva
Nesta quarta-feira (7), Jorge Valério teve a prisão em flagrante convertida para preventiva na audiência de custódia. A decisão é da juíza Rachel Assad da Cunha.
"Assim, evidente a necessidade da conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva do custodiado como medida de garantia da ordem pública, sobretudo porque crimes como esse comprometem a segurança de moradores da cidade do Rio de Janeiro (...) Convém destacar, ademais, que as testemunhas ainda não foram ouvidas, fazendo-se necessário resguardar a instrução processual, em especial porque se trata de crime de homicídio, que impacta diretamente nas pessoas envolvidas ou que tenham presenciado os fatos", escreveu a magistrada.
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