Publicado 09/02/2024 19:02
Rio - Em depoimento nesta sexta-feira (9) na 32ª DP (Taquara), a moradora que impediu o entregador de água, João Eduardo Silva de Jesus, de subir pelo mesmo elevador que ela negou ter cometido injúria por preconceito durante a situação. A informação é do delegado Vilson Almeida, responsável pelas investigações. Ainda segundo ele, outras testemunhas serão ouvidas nos próximos dias para que o inquérito possa ser concluído.
O caso aconteceu no último domingo (4), em um condomínio em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. João Eduardo estava realizando uma entrega de garrafas de água no local quando a moradora informou que ele deveria utilizar o "elevador de serviço". Em um vídeo gravado pelo jovem, ela aparece na porta, impedindo o transporte. As imagens também estão sendo analisadas pela Polícia Civil.
Na gravação, o rapaz diz: "Tô fazendo nada de errado com você". "Nada mesmo, mas você não vai subir aqui não", respondeu a mulher. "Por que?", questionou o jovem. "Pela sua ousadia", respondeu a mulher. "Ousadia de que? Me fala onde está a ousadia?", perguntou novamente o homem e recebeu a resposta: "De falar que não tem mais elevador de serviço". Em outro momento a mulher diz: "Eu sou condômina. Eu pago condomínio. Você paga?". João responde: "Tu paga condomínio. Qual diferença tem se tu é condômina ou não? Tu é melhor que eu?". Após a confusão, o jovem opta por sair do elevador e falar com o porteiro.
Veja o vídeo:
Lei proíbe distinção de elevadores
Em julho de 2023, o prefeito Eduardo Paes (PSD) sancionou a Lei n° 7.957/2023, que proíbe a distinção dos elevadores por nome de "social" e "de serviço", com exceção para os elevadores de carga, que deve ser utilizado para transporte de grandes cargas ou materiais de obras. A medida foi publicada no Diário Oficial do Município.
De acordo com o autor da proposta, vereador Waldir Brazão, o objetivo da norma é coibir qualquer tipo de discriminação e proporcionar o dinamismo para o acesso a estabelecimentos privados.
"A situação interfere diretamente no cotidiano das pessoas, uma vez que devido às condições precárias do transporte público e congestionamentos no trânsito, filas para adentrar elevadores podem atrapalhar ainda mais a vida do cidadão", defende o vereador.
As penalidades previstas em caso de descumprimento são de advertência, podendo ser cobrada uma multa no valor de R$ 5 mil reais, em caso de reincidência, O texto ainda define que o valor da multa pode ser alterado de acordo com a atualização do Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E).
De acordo com o autor da proposta, vereador Waldir Brazão, o objetivo da norma é coibir qualquer tipo de discriminação e proporcionar o dinamismo para o acesso a estabelecimentos privados.
"A situação interfere diretamente no cotidiano das pessoas, uma vez que devido às condições precárias do transporte público e congestionamentos no trânsito, filas para adentrar elevadores podem atrapalhar ainda mais a vida do cidadão", defende o vereador.
As penalidades previstas em caso de descumprimento são de advertência, podendo ser cobrada uma multa no valor de R$ 5 mil reais, em caso de reincidência, O texto ainda define que o valor da multa pode ser alterado de acordo com a atualização do Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E).
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