Publicado 20/02/2024 16:28
Rio – Lorran Oliveira dos Santos, um dos DJs mortos durante confronto entre criminosos rivais na comunidade do Catiri, em Bangu, Zona Oeste, foi sepultado na tarde desta terça-feira (20) no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, também na Zona Oeste.
Segundo investigações, criminosos da Vila Kennedy que fazem parte do Comando Vermelho (CV) tentaram invadir a Vila Aliança e o Catiri, uma região dominada pela facção Terceiro Comando Puro (TCP), na madrugada de segunda-feira (19). Um dos locais invadidos foi um sítio que recebia uma festa que tinha Lorran e Alex Mattos Adriano, conhecido como DJ Lekin, como atrações musicais.
Os dois foram socorridos e encaminhados para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, mas não resistiram.
Vania Oliveira, mãe de Lorran, lamentou a morte do filho e falou das dificuldades de saúde que ele passou: "A lembrança dele que eu passo é de alegria. Um filho ótimo, de bons amigos, estudioso. Só que ele tinha uma fraqueza na vida dele, que era a saúde. Tudo foi turbulência na vida dele. Atrapalhou muito, principalmente os estudos dele. Chegou a concluir o ensino médio, mas a dificuldade da vida não deixou ele ir mais para frente. Mas o trabalho dele deu orgulho pra gente. Com todas essas turbulências, ele nunca foi para o caminho errado".
Ela também falou da morte do amigo Alex Mattos e afirmou que os dois sempre estavam juntos. "Quando eu soube que o Alex, amigo dele e chamado carinhosamente de Lekin morreu do lado dele... Esse menino sempre estava do lado dele. O trabalho fazia com que o Lorran precisasse de mais pessoas, e esse menino nunca negou. Hoje, a mãe dele também está chorando e sofrendo por eles estarem naquele ambiente, naquele dia. Mais amor para a família, principalmente para os filhos", disse.
Emocionado, o pai Paulo Roberto falou das forças neste momento e da comoção no enterro de Lorran. “Não tem como não chorar. Mas a gente tem que chorar para Deus e pegar na mão dele. É um buraco muito grande. Se a gente se desesperar, nós somos consumidos por ele. Tenho que agradecer muito a Deus porque hoje, ele abriu a minha mente. Dos 35 anos de vida que ele teve, com todos, consegui enxergar a grandeza, do amor, do carinho que ele transmitiu e foi recíproco. Foi transmitido para ele. Isso é muito importante”, afirmou.
Durante o tiroteio, o cantor de pagode Gefferson Caíque Gonçalves de Oliveira, de 30 anos, foi atingido na barriga e na coxa e sobreviveu. Seu quadro de saúde é considerado estável. Jéssica Monteiro da Silva também foi baleada, mas já recebeu alta.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.