Publicado 27/02/2024 12:48
Rio - Após mensagens sobre aviso de megaoperação circularem nas redes sociais desde a noite desta segunda-feira (26), a Polícia Militar informou que apesar do alto número de equipes e efetivo de centenas de agentes, não houve vazamento sobre informações da ação. Nesta terça-feira (27), nove criminosos foram mortos, quatro ficaram feridos, cinco foram presos e dois adolescentes apreendidos. Além disso, dois policiais militares foram baleados.
Em prints de conversas obtidas pelo DIA, criminosos alertaram a comunidade sobre a entrada de agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) no Complexo do Alemão, Zona Norte.
"Boa noite! Estão falando em operação amanhã na Penha e no Alemão. De quem veio não tenho dúvidas. Chegou o toque era 16h30", dizia um trecho das mensagens que foram enviadas por volta das 23h30.
Ainda nas mensagens, os suspeitos falam sobre as ações que seriam realizadas para prejudicar a entrada da polícia nas comunidades.
"O alô que veio é que o Bope vai vir para o CPX, e o Choque e o BAC vai para a Penha. Geral nos seus quadrados, vamos lacrar tudo. Vamos dar tiro com consciência. Já vai fechando as outras principais do acesso".
"Óleo mais tarde, assim que a madrugada começar. Quem tem carro, já fica atento. Quem tem moto, cuidando nas ladeiras. Vai olhando atentamente".
Em prints de conversas obtidas pelo DIA, criminosos alertaram a comunidade sobre a entrada de agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) no Complexo do Alemão, Zona Norte.
"Boa noite! Estão falando em operação amanhã na Penha e no Alemão. De quem veio não tenho dúvidas. Chegou o toque era 16h30", dizia um trecho das mensagens que foram enviadas por volta das 23h30.
Ainda nas mensagens, os suspeitos falam sobre as ações que seriam realizadas para prejudicar a entrada da polícia nas comunidades.
"O alô que veio é que o Bope vai vir para o CPX, e o Choque e o BAC vai para a Penha. Geral nos seus quadrados, vamos lacrar tudo. Vamos dar tiro com consciência. Já vai fechando as outras principais do acesso".
"Óleo mais tarde, assim que a madrugada começar. Quem tem carro, já fica atento. Quem tem moto, cuidando nas ladeiras. Vai olhando atentamente".
Veja as mensagens:
Os avisos também foram estendidos em redes sociais como X, antigo Twitter. "Circula informações que amanhã o Bope e Core irão fazer uma megaoperação no Complexo da Penha, dominada por traficantes do Comando Vermelho. Para evitar uma possível fuga, o policiamento foi reforçado na Rocinha, local que serve como abrigo para lideranças do CV", diz um anúncio.
Ainda na internet, bandidos debocharam da operação durante os confrontos. "Avisa lá que está pouco, vão passar mal... Estamos na pista".
Durante a madrugada, imagens registraram barricadas em chamas em diversos pontos das comunidades. Na parte da manhã, após os disparos serem cessados, equipes do DIA estiveram em um dos acessos do Complexo do Alemão e constataram uma rua manchada de óleo, barricadas sendo retiradas por policiais militares e carros incendiados.
As ações tiveram por objetivo prender lideranças do Comando Vermelho que promove a maior parte dos conflitos armados e tentativas de expansão territorial nas Regiões Norte e Oeste da Capital, na Baixada Fluminense e em algumas cidades do interior do Estado. Outras comunidades alvos são a do Juramentinho, Flexal, Engenho da Rainha, Ipase, Quitungo e Guaporé, na Zona Norte. Na Rocinha, Zona Sul, os agentes chegaram a ocupar a Estrada da Gávea.
O que diz a PM
Segundo a Polícia Militar, um conjunto de ações dessa amplitude envolve um número de equipes e efetivo de centenas de policiais, que precisam ser mobilizados de maneira prévia e estratégica.
“O nível de resistência armada apresentado indica que boa parte dos grupos criminosos foi alcançada em seu terreno de atuação, o que reflete que não houve uma fuga coletiva orquestrada. O comando da corporação trabalha sempre para que o planejamento operacional nesse contexto ocorra de maneira sigilosa e efetiva, num conjunto de esforços que levem à captura dos alvos pré-definidos”, justifica.
Procurada, a Polícia Civil não respondeu se vai investigar o caso.
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