Publicado 20/03/2024 12:01
Rio - Os advogados de defesa do ex-policial militar Ronnie Lessa, preso pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, anunciaram nesta quarta-feira (20) que deixou o caso após a homologação da delação premiada. Em justificativa, os advogados afirmaram não atuar para delatores.
Ronnie foi preso em março de 2019 e atualmente está detido em um presídio federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. As investigações apuraram que ele e o também ex-PM Élcio de Queiroz participaram do assassinato da vereadora e de seu motorista, que completou seis anos no último dia 14. A delação de Ronnie, inclusive, teria sido motivada depois da colaboração do comparsa, que deu mais detalhes das participações no crime.
Segundo os advogados Bruno Castro e Fernando Santana, eles não participaram do processo onde a delação foi combinada.
"Não atuar para delatores é uma questão principiológica, pré-caso, e nada tem a ver com qualquer interesse na solução ou não de determinado crime. Desde o primeiro contato deixamos claro que ele não poderia contar com o escritório caso tivesse interesse em fechar um acordo de delação premiada. Talvez, não por outro motivo que nós não fomos chamados por ele para participar do processo de delação firmado".
Dessa forma, a defesa informou que apresentou renúncia ao mandato em todos os doze processos que atuaram.
Ronnie foi preso em março de 2019 e atualmente está detido em um presídio federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. As investigações apuraram que ele e o também ex-PM Élcio de Queiroz participaram do assassinato da vereadora e de seu motorista, que completou seis anos no último dia 14. A delação de Ronnie, inclusive, teria sido motivada depois da colaboração do comparsa, que deu mais detalhes das participações no crime.
Segundo os advogados Bruno Castro e Fernando Santana, eles não participaram do processo onde a delação foi combinada.
"Não atuar para delatores é uma questão principiológica, pré-caso, e nada tem a ver com qualquer interesse na solução ou não de determinado crime. Desde o primeiro contato deixamos claro que ele não poderia contar com o escritório caso tivesse interesse em fechar um acordo de delação premiada. Talvez, não por outro motivo que nós não fomos chamados por ele para participar do processo de delação firmado".
Dessa forma, a defesa informou que apresentou renúncia ao mandato em todos os doze processos que atuaram.
A delação do ex-PM foi homologada pelo ministro Alexandre de Moraes nesta terça-feira (19). O avanço no processo foi divulgado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
De acordo com Lewandowski, a delação premiada de Ronnie é um meio de obter provas e elementos importantes sobre o assassinato da vereadora. O crime aconteceu em março de 2018 e completou seis anos neste mês, mas até o momento não há informações sobre quem seria o mandante.
"Esta colaboração premiada obviamente tramita em segredo de Justiça. O ministro não teve acesso a ela, é evidente, mas nós sabemos que essa colaboração, que é um meio de obtenção de provas, traz elementos importantíssimos que nos levam a crer que brevemente nós teremos a solução do assassinato da vereadora Marielle Franco. O processo está agora nas mãos do competente Alexandre de Moraes que dará seguimento e certamente, em breve, teremos os resultados daquilo que foi apurado pela competentíssima ação da Polícia Federal, que em um ano chegou a resultados concretos nessa investigação", destacou o ministro.
Com a delação, Ronnie pode ganhar alguns benefícios como a unificação do tempo total de sua pena, entre 20 e 30 anos, além de uma transferência para um presídio no Rio.
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