Publicado 05/04/2024 19:09
Rio - Depois de mais de um mês de buscas, a família do jovem Gustavo Henrique Nascimento Francisco, de 19 anos, segue sem respostas sobre seu desaparecimento. Ele sumiu no dia 29 de fevereiro quando foi visitar a namorada em Rio das Pedras, na Zona Oeste. Desde então, não há informações de seu paradeiro.
Ao DIA, Luiz Gustavo Francisco, pai do jovem, disse que há morosidade por parte da polícia. De acordo com ele, os agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) ainda não conseguiram imagens de câmeras de seguranças que mostram a movimentação de seu filho. A família chegou a receber informações que Gustavo teria sido mantido preso por milicianos e até que ele foi morto, mas até o momento seu corpo não foi encontrado.
"Eu estou sentindo uma morosidade da parte da polícia. Não existe me chamar lá para perguntar o que eu estou sabendo porque eles que têm que investigar. Até agora, eles não pediram imagens de câmeras. Eu fiquei sabendo que o meu filho ficou sem celular durante três dias nas mãos de milicianos. Se eles tivessem ido no mesmo dia em que eu fiz a denúncia, não chegaria até isso. Quando um policial é rendido por um bandido na favela, rapidinho a equipe vai lá resgatar. Por que com a gente não é assim?", questionou.
Apesar de relatos sobre a morte do jovem, Luiz destacou que segue com esperanças de encontrar o filho bem. O homem disse que até o momento não recebeu apoio de ninguém e está a base de calmante para poder poder assimilar o desaparecimento.
"Eu estou me sentindo mal. Não tive nenhum aparato. Ninguém me liga para saber como eu estou, para saber se eu preciso de um psicólogo, de uma assistência médica. Não estão nem aí para nada. Estou em poder de calmante. A esperança é a última que morre, mas estou desanimado. O caso está sendo investigado e é só isso que a gente sabe", completou.
De acordo com Luiz, ele foi chamado para prestar depoimento novamente na semana retrasada, assim como a mãe do Gustavo, uma amiga e a namorada dele.
O jovem desapareceu no dia 29 de fevereiro quando foi até a casa da tia, em uma região conhecida como Areal, e de lá foi visitar a namorada, que mora perto. O último contato do pai com Gustavo foi quando ele pediu dinheiro para ajudar no pagamento de um lanche.
Questionada sobre o andamento da investigação, a Polícia Civil ainda não respondeu. O espaço está aberto para manifestação.
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