Publicado 07/04/2024 14:45
Rio - A idosa Amélia Maria de Araújo Tavares foi enterrada na tarde deste domingo (7) no Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio. Ela morreu na última sexta (5) após ser baleada em um tiroteio entre traficantes e milicianos na Gardênia Azul.
"Muita tristeza no peito, estou me sentindo com as mãos atadas, sem poder fazer nada para ajudar, aquela cena jamais vai sair da minha cabeça", disse William, sobrinho de criação de Amélia.
William diz que estava próximo a Amélia quando ela foi baleada e assume que jamais vai esquecer tudo o que passou naquele momento: "Eu estava próximo, tinha acabado de entrar em casa. Só ouvi os tiros e quando saí ela estava no chão baleada".
Em meio a toda a tristeza, o vendedor conta que sua relação com Amélia começou ainda na infância. De acordo com seu relato, ele e a idosa eram vizinhos e ela era muito amiga da sua mãe, há cerca de 30 anos.
Depois de ser baleada, Amélia foi socorrida e encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade de Deus, mas chegou morta à unidade. Informações preliminares apontam que Amélia foi baleada no peito por causa de um tiroteio envolvendo dois homens em uma moto que passaram atirando.
A Gardênia Azul se tornou palco de um intenso confronto entre traficantes do Comando Vermelho e milicianos, que disputam o domínio da localidade. A região, assim como Muzema, Itanhangá e Rio das Pedras, sofreu forte influência de grupos paramilitares nos últimos anos. Com uma suposta invasão do tráfico liderado por Edgar Alves de Andrade, o 'Urso' ou 'Doca', os tiroteios se intensificaram no início deste ano, causando diversas mortes por conta da violência.
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