Piruinha é considerado um dos maiores contraventores do jogo do bichoReprodução/Redes Sociais
Publicado 09/04/2024 07:03 | Atualizado 09/04/2024 07:30
Rio - O bicheiro José Caruzzo Escafura, o Piruinha, de 94 anos, será julgado nesta terça-feira (9), a partir das 13h, no 3º Tribunal do Júri pelo homicídio do comerciante de carros Natalino José do Nascimento Espínola, o Neto. Considerado um dos maiores contraventores do jogo do bicho, ele cumpre prisão domiciliar desde 2022.

Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, ele responde por homicídio qualificado. Em 2021, Natalino foi morto a tiros em uma emboscada quando ia a pé para a sua loja de veículos, na Estrada Intendente Magalhães, esquina com a Rua Nova do Amorim, em Vila Valqueire, na Zona Oeste.

A vítima era neto de Natal da Portela, patrono da escola de samba de Oswaldo Cruz, e ganhou o mesmo nome do avô. Ele era também sobrinho de Nezio Nascimento, presidente de honra da Escola de Samba Tradição. Neto também era alvo de 14 processos na Justiça.

De acordo com as investigações, o homicídio foi praticado por motivo torpe, já que a vítima foi morta por não ter pago uma dívida em dinheiro que tinha com contraventores da cidade. A família de Piruinha teria sofrido prejuízos milionários com o empreendimento de Natalino José em uma construtora. Atual "gestora" dos negócios da família Escafura, a filha do bicheiro, Monalliza Neves Escafura passou a buscar, sem sucesso, o ressarcimento dos prejuízos. A contraventora é considerada foragida.
Piruinha, exerce há décadas, o domínio do jogo do bicho que é explorado em diversas regiões da cidade, em especial nos bairros de Madureira, Abolição, Cascadura, Maria da Graça, Piedade e Inhaúma, dentre outros. Além disso, o bicheiro ainda recebe outras áreas por exploração de jogos de azar para outros contraventores, dentre elas as divisas com os bairros de Cascadura, Piedade, Pilares, Abolição, Quintino, Campinho e a divisa com a Praça Seca.
Recentemente, o bicheiro também participou, por videoconferência de sua casa, da série documental “Vale o Escrito”, do Globoplay, que expõe o submundo da contravenção no Rio. 
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