Publicado 09/04/2024 18:32
Rio - Amigos e familiares pediram por justiça e se despediram de Wanessa Gonçalves de Oliveira, de 37 anos, na tarde desta terça-feira (9), no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte do Rio. Wanessa foi encontrada morta dentro de casa, no último domingo (7), no Jacaré. Segundo a família da vítima, o principal suspeito é seu companheiro, que já tinha histórico de violência e ainda não foi localizado. Durante o velório, a mãe e as duas filhas de Wanessa passaram mal.
Mais de 50 pessoas compareceram ao sepultamento. Ao DIA, a tia de Wanessa, Irene Gonçalves, contou que ela vivia uma relação abusiva com o companheiro desde julho de 2023. "Ele tem histórico, já quase matou a ex mulher. Quando começaram a se relacionar ficamos preocupados, mas acreditamos que daria certo. Ele já machucou Wanessa com uma machadada na cabeça, ela teve que levar 20 pontos. Outra vez ele também quebrou o dedo dela e ela teve que ficar internada no Salgado Filho para operar. Além de outros cortes", lembrou a tia.
Apesar das agressões, Wanessa não denunciava o companheiro por acreditar que ele pudesse melhorar. "Ela não denunciava, já aconselhamos, um médico já chegou a conversar com ela para que ela denunciasse, mas ela nunca denunciou. (...) Em uma das ocasiões, ela foi morar com a mãe por causa disso. Dias depois, ele foi lá chorando pedindo para ela voltar e ela voltou", lembra.
Dandara Oliveira, de 22, uma das filhas de Wanessa, lamentou o ocorrido e reforçou que a família grita por justiça. "Nosso pedido hoje é justiça, não vingança. Não aguentamos mais isso, cada mulher morre um pouco quando uma morre dessa forma. Hoje estamos chorando dessa forma porque nós avisamos várias vezes, achamos que iria mudar, nunca achamos que iria acontecer o pior. O único pedido nosso é justiça, ela não foi a primeira, nem a segunda e não vai ser a última vítima de feminicídio", disse.
Wanessa foi encontrada morta por familiares, no último domingo (7), após deixar de responder às tentativas de contato por aplicativos de mensagens. O crime teria acontecido durante a madrugada, mas o corpo só foi encontrado durante à tarde.
A morte de Wanessa é investigada pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Agentes da especializada fizeram perícia no local do crime e já ouviram testemunhas do caso. O companheiro, apontado como responsável pela morte, segue foragido.
Ela deixa duas filhas e três netos, um deles recém-nascido, que nem sequer chegou a conhecer.
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