Wanessa Gonçalves de Oliveira, de 37 anos, foi encontrada morta dentro de casa no JacaréArquivo Pessoal

Rio - Wanessa Gonçalves de Oliveira, de 37 anos, foi encontrada morta dentro de casa, na tarde de domingo (7), com ferimentos na cabeça, no Jacaré, Zona Norte do Rio. A vítima teria sido assassinada com uma machadinha e, segundo familiares, o suspeito é o companheiro dela, que não foi localizado.
A família de Wanessa esteve no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, na tarde desta segunda-feira (8), para liberar o corpo. Em conversa com o DIA, Dandara Oliveira, de 22 anos, filha da vítima, disse que a mãe mandou mensagens para familiares na madrugada de domingo e em uma delas citou que estava com dor. Durante o dia, antes do corpo da vítima ser encontrado, o suspeito apareceu com a mão machucada, apresentando comportamentos defensivos.
"Era uma e pouca da manhã as últimas mensagens dela. Ninguém respondeu porque estava todo mundo dormindo e a gente achou estranho. Em uma das mensagens, ela comentou um status da minha irmã que acabou de ter neném e no meio de uma dessas mensagens tem ela comentando: ‘Que dor. Estou com muita dor’. Depois disso, ninguém teve mais notícias. O marido dela estava com a mão machucada e desesperado. Todo mundo achou estranha essa reação dele de não querer ir em casa para pegar os documentos e ir em um hospital, além dele ter simplesmente sumido", disse.
Dandara disse ainda que, devido aos comportamentos, uma prima do homem resolveu ir até a residência do casal e lá encontrou o corpo de Wanessa. Segundo a jovem, o crime teria acontecido durante a madrugada, mas os familiares só souberam à tarde, pois a mulher não respondia aos contatos. 
"Ele bebia e ficava agressivo. Provavelmente, ele bebeu de novo. Eles estavam juntos desde meados do ano passado. A perícia encontrou uma garrafa quebrada de cerveja e uma machada. Acredito que com a profundidade que tem na cabeça dela, o buraco foi feito com a machada", explicou.
De acordo com Dandara, a mãe buscava ajudar todo mundo em diversas situações e, por isso, não tinha pessoas que não gostavam dela. A família clama por Justiça e que o suspeito seja encontrado.
"Ela era pau para toda obra, fazia o que podia para todo mundo e ajudava todo mundo. Não tinha ninguém que não gostasse dela porque ela era assim para ajudar todos. O que ela podia fazer, ela fazia. Não buscamos vingança, buscamos Justiça. Eu e toda minha família espera que ela seja feita. Minha mãe era nova tinha uma vida pela frente, ajudava a todos ao seu redor, não merecia esse triste fim. Meu pedido é para que as mulheres não se calem e que homens parem de matar as mulheres", completou.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está investigando o caso. Ainda não há informações sobre o sepultamento de Wanessa. Ela deixa duas filhas e três netos, sendo um deles recém-nascido, que nem sequer chegou a conhecer.