Edson Davi, de 7 anos, está desaparecido desde o dia 4 de janeiro de 2024Cleber Mendes/Arquivo/Agência O DIA
Publicado 02/05/2024 21:09 | Atualizado 02/05/2024 21:32
Rio - A família do menino Edson Davi, que desapareceu há quatro meses, organiza um protesto no início da tarde de sábado (4) na Praia da Barra, na Zona Oeste, na altura do Posto 4, onde sumiu.
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"Já são quatro meses sem respostas. Quatro meses de muita dor, desespero e aflição, sem saber o que realmente aconteceu com o Edson Davi. A família merece uma resposta, assim como toda a sociedade também que clamam pela vida do Davi, que clamam por justiça! Precisamos mostrar que não nos esquecemos e que vamos continuar lutando", escreveu Marize Araujo, mãe do menino, em suas redes sociais.
Edson Davi, que completou 7 anos em fevereiro, desapareceu próximo à barraca onde seus pais trabalham no dia 4 de janeiro. A Polícia Civil acredita que o jovem tenha se afogado, mas a família afirma que ele foi sequestrado. Marize organiza uma vaquinha virtual para auxiliar nos custos de uma investigação particular com objetivo de apurar a hipótese de rapto.
"Foi feita uma busca intensa no mar, onde nada foi encontrado. Os próprios bombeiros não acreditam no afogamento. Eu não sei o porquê da polícia continuar nessa tese, não me dão apoio e não me escutam como mãe. Me sinto sozinha nessa situação, não me sinto só lutando pela busca do meu filho, mas também lutando com o Estado para provar que meu filho não se afogou. Como classe social, a gente se vê muito vulnerável, muito pequeno diante de uma situação dessas. A gente só vale o que tem mesmo e um filho de barraqueiro não tem voz", lamentou a mãe durante protesto em abril.
No dia do desaparecimento, o menino estava na barraca com o pai. Marize tinha ido levar o outro filho a uma consulta médica. A última vez que ele foi visto foi às 16h46 através de uma gravação feita por um funcionário da barraca da família.
A mãe afirma que Edson tem medo do mar e não teria mergulhado em nenhum momento. Além disso, cerca de 400 metros da extensão da praia não tiveram imagens registradas nas câmeras de segurança.
Os militares do Corpo de Bombeiros que trabalhavam no dia do desaparecimento de Edson Davi e estavam afastados por questões psiquiátricas, disseram em depoimento, no último dia 29, que não viram o menino entrar na água.
Segundo a delegada Elen Souto, os bombeiros afirmaram que o mar estava agitado e que havia uma vala bem em frente à barraca da família. Os salva-vidas também destacaram que três bandeiras vermelhas estavam afixadas e que não viram a criança entrar na água. "Os bombeiros não viram nada, mas narraram que o mar estava agitado. Não há testemunhas que relatem sequestro, só há testemunhas que narram que ele estava na água e querendo entrar no mar", contou. O caso segue sendo investigado pela Delegacia de Descobertas de Paradeiros (DDPA).
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