PM alvo de operação do MPRJ contra corrupção é réu pela morte de dois jovens

Na ocasião, em dezembro de 2020, o cabo Júlio Cesar Ferreira do Santos foi preso, mas atualmente responde em liberdade pelo crime

Cabo Júlio Cesar Ferreira do Santos é um dos principais alvos da açãoReprodução
Publicado 14/05/2024 11:42
Rio - O cabo da PM Júlio Cesar Ferreira do Santos, principal alvo da operação realizada, nesta terça-feira (14), pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, é réu pelo assassinato de dois jovens, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Na ocasião, em dezembro de 2020, o agente e o soldado Jorge Luiz Custódio da Costa foram presos, no entanto, atualmente respondem pelos homicídios em liberdade. Júlio César está entre um dos 13 policiais presos por vender armas e drogas apreendidas em operações contra o tráfico. 
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Edson Arguinez Junior, de 20 anos, e Jordan Luiz Natividade, de 18 anos, foram mortos em uma abordagem policial que foi flagrada por câmeras de segurança. As imagens mostram o momento em que as vítimas caem de moto após um disparo de fuzil. Outra câmera mostra quando os jovens são algemados e levados para a viatura da PM. Em seguida, desaparecem da imagem.
Edson e Jordan foram encontrados mortos na Estrada de Xerém, Bairro Babi, em Belford Roxo, distante do ponto onde foi feita a abordagem. Na época do crime, Júlio César e Jorge Luiz disseram que liberaram os dois cerca de 40 metros depois porque concluíram que nem os jovens e nem a motocicleta tinham irregularidades.
Os agentes chegaram a ser presos, mas atualmente respondem em liberdade. O processo está em fase final. Ao longo das investigações, foi descoberto que os dois tinha ligação com a milícia da região. Além disso, no celular de Júlio César foram encontrados indícios dos crimes cometidos pelos policiais do 39º BPM (Belford Roxo). 
No aparelho, os investigadores descobriram que os PMs lotados no Setor Alfa do batalhão vendiam armas e drogas apreendidas em ações contra o tráfico, o que desencadeou a operação realizada nesta terça-feira (14) pelo MPRJ. Até o momento, 13 PMs foram presos e um ainda é procurado.
Os agentes do 39° BPM (Belford Roxo) são acusados de organização criminosa, corrupção passiva e peculato. De acordo com a denúncia, além de vender as apreensões, os policias cobravam propina de motoristas e mototaxistas. Já os comerciantes pagavam uma taxa semanal em troca de proteção. As investigações apontam que os PMs também retiravam peças de carros apreendidos antes de registrar as ocorrências nas delegacias. O MPRJ afirma que o grupo vendia pneus, rodas e baterias dos veículos roubados.
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PM alvo de operação do MPRJ contra corrupção é réu pela morte de dois jovens

Na ocasião, em dezembro de 2020, o cabo Júlio Cesar Ferreira do Santos foi preso, mas atualmente responde em liberdade pelo crime

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Publicado 14/05/2024 11:42
Rio - O cabo da PM Júlio Cesar Ferreira do Santos, principal alvo da operação realizada, nesta terça-feira (14), pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, é réu pelo assassinato de dois jovens, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Na ocasião, em dezembro de 2020, o agente e o soldado Jorge Luiz Custódio da Costa foram presos, no entanto, atualmente respondem pelos homicídios em liberdade. Júlio César está entre um dos 13 policiais presos por vender armas e drogas apreendidas em operações contra o tráfico. 
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Edson e Jordan foram encontrados mortos na Estrada de Xerém, Bairro Babi, em Belford Roxo, distante do ponto onde foi feita a abordagem. Na época do crime, Júlio César e Jorge Luiz disseram que liberaram os dois cerca de 40 metros depois porque concluíram que nem os jovens e nem a motocicleta tinham irregularidades.
Os agentes chegaram a ser presos, mas atualmente respondem em liberdade. O processo está em fase final. Ao longo das investigações, foi descoberto que os dois tinha ligação com a milícia da região. Além disso, no celular de Júlio César foram encontrados indícios dos crimes cometidos pelos policiais do 39º BPM (Belford Roxo). 
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