Rio - Treze policiais militares foram presos, nesta terça-feira (14), durante uma operação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). De acordo com a denúncia aceita pela Justiça, o grupo vendia armas e drogas apreendidas em ações de combate ao tráfico em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
Os agentes do 39° BPM (Belford Roxo) são acusados de organização criminosa, corrupção passiva e peculato. As investigações apontam que os policias cobravam propina de motoristas e mototaxistas. Já os comerciantes pagavam uma taxa semanal em troca de proteção.
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De acordo com a denúncia, os PMs também retiravam peças de carros apreendidos antes de registrar as ocorrências nas delegacias. O MPRJ afirma que o grupo vendia pneus, rodas e baterias dos veículos roubados.
Os agentes do MPRJ saíram para cumprir 14 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão. A operação foi finalizada na tarde desta terça-feira (14) e um PM ainda é procurado.
O principal alvo da operação, nomeada Patrinus, é o cabo Júlio Cesar Ferreira do Santos. Ele é réu pelo assassinato de dois jovens em dezembro de 2020 e chegou a ser preso na época do crime, mas responde em liberdade. Segundo o MPRJ, os crimes foram descobertos após análise do celular do agente. No aparelho, os investigadores descobriram a organização criminosa formada por PMs lotados no Setor Alfa do 39º BPM.
Em nota, a Polícia Militar informou que os presos serão levados à unidade prisional da corporação, em Niterói, Região Metropolitana. Disse, ainda, que todos os agentes vão responder a procedimentos administrativos disciplinares que podem resultar na exclusão dos quadros da PM.
Por fim, a corporação ressaltou que que o comando da Polícia Militar não compactua com desvios de conduta na tropa. A PM afirma, ainda, que caso a denúncia em pauta seja comprovada no decorrer do processo apuratório, os envolvidos serão punidos com o rigor previsto no regulamento interno da PM.
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