Publicado 16/05/2024 12:24
Rio - O policial militar Jorge Luiz Custódio da Costa, réu pelo assassinato de dois jovens, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, se entregou à polícia na noite desta quarta-feira (15). Contra ele havia um mandado de prisão em aberto pelos homicídios. Segundo a corporação, o agente se apresentou no 39° BPM (Belford Roxo) e depois foi conduzido à Unidade Prisional da Corporação, na cidade de Niterói, Região Metropolitana do Rio.
PublicidadeOutro agente, o cabo Júlio Cesar Ferreira dos Santos, que também responde pelo crime, está entre os 13 PMs presos em uma operação do Ministério Público do Rio por vendas de armas e drogas apreendidas em operações contra o tráfico.
O assassinato dos jovens ocorreu em dezembro de 2020 e o processo está em fase final. As vítimas Edson Arguinez Junior, de 20 anos, e Jordan Luiz Natividade, de 18 anos, foram mortos em uma abordagem policial que foi flagrada por câmeras de segurança. As imagens mostraram o momento em que os dois caíram de moto após um disparo de fuzil. Outra câmera registrou ainda quando os jovens foram algemados e levados para a viatura da PM. Em seguida, eles desapareceram da imagem.
Edson e Jordan foram encontrados mortos na Estrada de Xerém, Bairro Babi, em Belford Roxo, distante do ponto onde foi feita a abordagem. Na época do crime, Júlio César e Jorge Luiz disseram que liberaram os dois cerca de 40 metros depois porque concluíram que nem os jovens e nem a motocicleta tinham irregularidades. Na ocasião, os agentes chegaram a ser presos, mas respondiam em liberdade pelo crime de homicídio até a Justiça decretar novamente a prisão de ambos.
Edson e Jordan foram encontrados mortos na Estrada de Xerém, Bairro Babi, em Belford Roxo, distante do ponto onde foi feita a abordagem. Na época do crime, Júlio César e Jorge Luiz disseram que liberaram os dois cerca de 40 metros depois porque concluíram que nem os jovens e nem a motocicleta tinham irregularidades. Na ocasião, os agentes chegaram a ser presos, mas respondiam em liberdade pelo crime de homicídio até a Justiça decretar novamente a prisão de ambos.
Na última terça (14), passados mais de 3 anos após o crime, o MPRJ, por meio da 1ª Promotoria de Justiça junto às Varas Criminais de Belford Roxo, requereu a pronúncia dos réus no caso dos homicídios. Caso o juiz defira o pedido, os dois serão julgados no Tribunal do Júri.
Ao longo das investigações do caso, foi descoberto que os dois tinha envolvimento com a milícia da região. No celular de Júlio César foram encontrados indícios dos crimes cometidos por eles e por outros policiais do 39º BPM (Belford Roxo).
Ao longo das investigações do caso, foi descoberto que os dois tinha envolvimento com a milícia da região. No celular de Júlio César foram encontrados indícios dos crimes cometidos por eles e por outros policiais do 39º BPM (Belford Roxo).
No aparelho, os investigadores descobriram que os PMs lotados no Setor Alfa do batalhão vendiam armas e drogas apreendidas em ações contra o tráfico, o que desencadeou a operação realizada pelo MPRJ.
Os agentes do 39° BPM (Belford Roxo) são acusados de organização criminosa, corrupção passiva e peculato. De acordo com a denúncia, além de vender as apreensões, os policiais cobravam propina de motoristas e mototaxistas. Já os comerciantes pagavam uma taxa semanal em troca de proteção. As investigações apontam que os PMs também retiravam peças de carros apreendidos antes de registrar as ocorrências nas delegacias. O MPRJ afirma que o grupo vendia pneus, rodas e baterias dos veículos roubados.
Após a denúncia, a PM informou que Jorge Luiz Custódio da Costa será submetido a um procedimento administrativo disciplinar, que pode resultar na exclusão do agente dos quadros da corporação.
"O comando da Polícia Militar do Rio de Janeiro não compactua com desvios de conduta na tropa. Caso a denúncia em pauta seja comprovada no decorrer do processo apuratório, o envolvido será punido com o rigor previsto no regulamento interno da corporação", disse em nota.
À reportagem não conseguiu contato com a defesa dos PMs, o espaço está aberto para manifestações.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.