Policiais do Bope foram acionados após uma denúncia de sequestro, mas versão foi contestada após investigaçõesRede Social
Publicado 21/05/2024 12:56
Rio - Investigações realizadas pela Polícia Civil desmentiram que Deivisson Lincoln dos Santos Lima fez a própria família refém no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, Zona Norte, nesta segunda-feira (20). Segundo o delegado responsável pelo caso, Álvaro de Oliveira, o suspeito deve responder apenas por descumprimento de medidas protetiva, já que ele não podia se aproximar da mãe.
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A tipificação do crime foi determinada após a conclusão de que o homem tentou tirar a própria vida, com as facas apreendidas na ação, na frente dos familiares. Ao DIA, o delegado reforçou que apesar do caso ter sido tratado inicialmente como sequestro, não houve restrição de liberdade da vítima, e que o Batalhão de Operações Especiais (Bope) salvou o suspeito de si mesmo.

Inicialmente, a Polícia Militar informou que os agentes do Bope foram acionados para o local por equipes do 17º BPM (Ilha do Governador) e do Programa Patrulha Maria da Penha - Guardiões da Vida, após uma denúncia de sequestro. No entanto, a informação foi contestada pela Polícia Civil após a prisão do suspeito.

Ainda segundo a corporação, os policiais do Bope descobriram que ele era alvo de medidas protetivas impostas pela Justiça ainda durante a negociação. O caso teve início na parte da manhã, mas o suspeito só se rendeu por volta das 14h. Na sequência, ele foi levado para a 21ª DP (Bonsucesso), onde o caso foi registrado.

No sistema do Tribunal de Justiça do Rio constam três processos contra Deivisson. O primeiro de 2021 por ameaça e violência doméstica. O segundo e o terceiro ainda deste ano, respectivamente de fevereiro e abril, sobre dois pedidos de medidas protetiva.

Nas redes sociais, a foto de perfil da mãe de Deivisson é com todos os filhos. Já na página do suspeito, há publicações de frases reflexivas, fotos com a mulher e filhas. Segundo testemunhas, ele estaria passando por um momento de depressão.
Até o momento, Deivisson Lincoln permanece preso enquanto aguarda audiência de custódia, que ainda não foi marcada.
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