Publicado 28/05/2024 16:41
Rio - Um menino doce, trabalhador, tranquilo e brincalhão. Assim o jovem Rafael Fernandes da Silva, de 21 anos, morto após ser baleado em um ataque de criminosos na comunidade do Fubá, na Zona Norte do Rio, foi descrito por sua família. Ele foi enterrado na tarde desta terça-feira (28) no Cemitério de Irajá.
PublicidadeFamiliares e amigos, vestidos com uma camisa com uma foto da vítima, chegaram em um ônibus no local do velório e do sepultamento. O irmão de Rafael, identificado apenas como Flávio, contou que o jovem era uma pessoa alegre, que gostava de tirar fotos e divertido com todos ao seu redor. Agora, a família busca apenas justiça e que o responsável pelos disparos que acertaram o rapaz seja encontrado.
"Nós só pedimos justiça. Quem fez isso com ele, que pague. Independente de ser da pior maneira ou da fácil, mas que pague, que não fique impune. O Rio de Janeiro está entregue nas mãos dos bandidos. Não temos segurança nenhuma na nossa própria casa. Favela, há um tempo atrás, era um lugar de paz. Hoje em dia não. Essa violência, essa morte, quantos mais jovens vamos perder? Quanto mais famílias vão chorar? Hoje, a minha está chorando. Amanhã pode ser de outro. Se ninguém fizer nada por isso, só vai piorar. Hoje em dia está tudo à mercê. Quando uma mãe chora, todas choram junto. Hoje, a minha mãe está chorando, mas tem muitas outras sentindo a dor que ela está sentindo", comentou o irmão.
Rafael trabalhava como mecânico em uma oficina na Taquara, na Zona Oeste do Rio. Durante o enterro, os familiares mostraram as roupas que o jovem usava no trabalho. Os presentes também levaram cartazes pedindo justiça.
O rapaz foi baleado na madrugada deste domingo (26) em um ataque a de criminosos dentro do Morro do Fubá. O alvo dos tiros seria outro homem, mas Rafael acabou sendo atingido. Ele foi socorrido e levado ao Hospital Municipal Albert Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu aos ferimentos.
Na tarde desta segunda-feira (27), familiares e amigos realizaram um protesto na Rua Goiás, em frente a estação de trem de Quintino, também na Zona Norte. A via chegou a ser interditada por pneus e outros materiais em chamas.
A morte de Rafael é investigada pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que busca identificar o autor dos disparos e a motivação do crime.
*Com colaboração de Reginaldo Pimenta
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