Publicado 28/05/2024 18:44
Rio - Uma equipe de reportagem do SBT teve que se abrigar de um intenso tiroteio durante a operação da Polícia Militar, realizada no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, nesta terça-feira (28). Devido a ação, 16 escolas ficaram fechadas na região. Não houve registro de presos nem de feridos.
PublicidadeO repórter Jackson Silva e um cinegrafista acompanharam os policiais militares na operação. Contudo, no momento em que chegaram na Rua Aimoré, um dos acessos ao Morro da Fé, os agentes foram atacados a tiros e as equipes tiveram que se abrigar em muros e em um veículo parado no local.
"Uma cena tão brutal como essa. Um cenário de guerra. Eu fui obrigado a deitar no chão como forma de me proteger. Nossa equipe chegou na Rua Aimoré já com coletes, os policiais foram com uma retroescavadeira para retirar as barricadas. No acesso ao morro, de lá de cima, os traficantes metralharam, atiraram muito. Eu deitei no chão, me arrastei e procurei um pneu de um carro que estava atravessado na rua como forma de me proteger. Mais de 40 minutos de intensa troca de tiros. Eu só gritava 'meu Deus, me ajuda'. Depois, três veículos blindados do Bope avançaram para socorrer a nossa equipe de reportagem e os demais policiais que ficaram encurralados. Um momento muito difícil. Mais de 20 anos de imprensa, eu nunca vivenciei uma cena de guerra como essa", disse o repórter ao programa 'SBT Rio'.
Segundo a Polícia Militar, a operação teve como objetivo reprimir os roubos de veículos e de cargas nos acessos à região, além de prender criminosos envolvidos nas disputas territoriais em diversos pontos da cidade. Além da região do Morro da Fé, no Complexo da Penha, também houve ação nas comunidades do Juramento e do Juramentinho.
A corporação destacou que, no momento das entradas das equipes, no Complexo da Penha, os criminosos atiraram contra os militares, o que gerou um confronto. Os suspeitos também atearam fogo em barricadas e em objetos para dificultar o avanço das equipes. Não houve registro de presos nem de feridos. Na região do Morro do Trem, drogas foram apreendidas por equipes do 41º BPM (Irajá).
O policiamento foi reforçado nas comunidades. A operação desta terça-feira (28) foi realizada por policiais do 16° BPM (Olaria) e do 41° BPM (Irajá), com o apoio do Núcleo de Apoio às Operações Especiais (Naoe), do Comando de Operações Especiais (COE) e do 3º BPM (Méier).
Escolas e unidades de saúde impactadas
Por conta da operação, 16 escolas na região do Complexo da Penha foram afetadas. No Morro do Juramento e Juramentinho, três unidades foram impactadas. As informações são da Secretaria Municipal de Educação (SME).
Em relação às unidades de saúde, a Clínica da Família Ana Maria Conceição dos Santos Correia, em Vila Kosmos, e a CF Aloysio Augusto Novis, na Penha Circular, acionaram o protocolo de acesso mais seguro e, para segurança de profissionais e pacientes, interromperam o funcionamento. Já a CF Bibi Vogel, no Engenho da Rainha, manteve o atendimento à população. Apenas as atividades externas, como as visitas domiciliares, foram suspensas.
Além disso, cinco linhas de ônibus tiveram suas rotas alteradas por conta da ação. São elas:
- Linha 679 (Grotão X Méier)
- Linha 621 (Penha x Saens Peña)
- Linha 622 (Penha x Saens Peña via Grajaú)
- Linha 312 (Olaria x Candelária)
- Linha 625 (Olaria x Saens Peña)
- Linha 679 (Grotão X Méier)
- Linha 621 (Penha x Saens Peña)
- Linha 622 (Penha x Saens Peña via Grajaú)
- Linha 312 (Olaria x Candelária)
- Linha 625 (Olaria x Saens Peña)
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