Sophia Angelo Veloso da Silva, de 11 anos, sonhava ser estilistaArquivo Pessoal
Publicado 29/05/2024 13:28
Rio - A menina Sophia Ângelo Veloso da Silva, de 11 anos, encontrada sem vida em uma caçamba de lixo na Ilha do Governador, Zona Norte, foi assassinada com pelo menos 35 facadas. Segundo os investigadores da Polícia Civil, o pedreiro Edilson Amorim dos Santos Filho, de 46, confessou ter cometido o crime após ter sido preso em flagrante. Ele responde por estupro de vulnerável, homicídio e ocultação de cadáver.
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O pai da menina, Paulo Sérgio da Silva, esteve no fim da manhã desta quarta-feira (29) para a liberação do corpo no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro. Abalado ao saber das circunstâncias da morte da filha, ele falou com revolta sobre o homem, que é irmão da ex-companheira.
"Eu só vou sossegar quando esse cara estiver no outro mundo. Ele não merece viver. O que ele fez com essa garota não merece perdão (...) Todo mundo amava minha filha. Esse covarde teve sorte, porque o que ele merece é o pior. Tem um buraco que ficou no meu peito que vai demorar muito para ser tapado", disse Paulo Sérgio.
O pai de Sophia também comentou que não quer ver o corpo da filha. "Sinceramente, eu não quero nem ver isso. Quero lembrar dela no momento de felicidade, glória e paz. Ela era uma menina intensa. Era um amor, inteligência pura, queria ser estilista, por isso vinha estudando inglês. Dias atrás, ela veio me mostrando as notas boas dela e me agradecer por tudo", lembrou.
Sophia foi dada como desaparecida na segunda-feira (27) e encontrada morta na terça-feira (28). Ela foi deixada dentro de uma caçamba de lixo na localidade conhecida como Guarabu. O coletor compactador havia sido levado para o lixão de Tauá, um sub-bairro próximo, quando o corpo foi achado.
Segundo investigadores da 37ª DP (Ilha do Governador), delegacia responsável pelo caso, Edilson demonstrou crueldade e agressividade extremas ao esfaquear a menina. O corpo dela foi encontrado com, pelo menos, 35 marcas de perfurações.
Após cometer o crime, os agentes também apuraram que o pedreiro agiu para ocultar os vestígios do crime. A expectativa ao jogar o corpo na caçamba de lixo era que o restos fossem triturados na usina do Caju. A ação dificultaria o trabalho de localização da criança, segundo os investigadores.
A prisão de Edilson nesta terça-feira (28) foi cercada de protestos na porta da 37ª DP. Moradores, vizinhos e amigos da família tentavam linchar o criminoso, que acabou sendo transportado por um blindado da Polícia Civil para a Polinter, na Cidade da Polícia.
Durante a confusão na porta da delegacia, PMs da batalhão do batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (Recom) foram acionados. Minutos antes da saída, os agentes chegaram a usar bombas de efeito moral.
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