Júlia tem um mandado de prisão temporária aberto pelo crime de homicídio qualificadoDivulgação
Publicado 29/05/2024 21:44 | Atualizado 29/05/2024 21:54
Rio - O Disque Denúncia divulgou, na noite desta quarta-feira (29), um cartaz para ajudar na investigação da 25ª DP (Engenho Novo) e localizar Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, suspeita de matar o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 44 anos, no Engenho Novo, na Zona Norte do Rio.
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O corpo do homem foi encontrado em estado avançado de decomposição dentro de seu apartamento no dia 20 deste mês. Júlia é suspeita de ter posto veneno em um doce e oferecer ao empresário, que em seguida foi dopado com remédios controlados. Contra ela, há um mandado de prisão temporária por homicídio qualificado. A mulher já é considerada foragida.
De acordo com o laudo cadavérico, Luiz foi morto três ou seis dias antes do corpo ser localizado. A família da vítima contou ao DIA que a última fez que ele foi visto foi no dia 17 deste mês, justamente na companhia de Júlia. Segundo as investigações da 25ª DP, a suspeita dormiu ao lado do cadáver do namorado durante o fim de semana e, na segunda-feira (20), fugiu do apartamento levando pertences do empresário e o carro dele.
No decorrer do inquérito, os agentes apuraram que a namorada de Luiz, com a ajuda da cigana Suyana Breschak, presa na noite desta terça-feira (28) em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, se desfez dos bens do namorado, inclusive de seu carro. O veículo foi levado para o município onde Suyana foi presa depois de supostamente ter sido vendido por uma quantia de R$ 75 mil.
Abordado pelos policiais, o homem que estava com o carro chegou a apresentar um documento escrito à mão, que ele disse ter sido assinado pela vítima, transferindo o bem. Com o mesmo homem, foram encontrados o telefone celular e o computador de Luiz Marcelo. Ele foi preso em flagrante por receptação.
Os agentes, então, chegaram à cigana, que disse que a autora tinha uma dívida com ela de cerca de R$ 600 mil. Júlia seria garota de programa e mantinha um relacionamento com outro homem, além do empresário. Na data do crime, ela teria oferecido a Luiz Marcelo um brigadeirão envenenado.
Qualquer informação sobre o paradeiro de Júlia pode ser enviada, de forma anônima, ao Disque Denúncia através da central de atendimento/call center (021) - 2253 1177 ou 0300-253-1177, do WhatsApp (021) – 2253-1177 e do aplicativo Disque Denúncia RJ.
Suspeita dormiu ao lado do cadáver e prestou depoimento

Ainda segundo o depoimento da cigana, a autora permaneceu no apartamento – informação confirmada pelas imagens de câmeras de segurança analisadas – e mandava mensagens se queixando do cheiro que o corpo em decomposição exalava. Em determinado momento, chegou a dizer que havia um urubu na janela. A mulher contou que Júlia também teria enviado mensagens pelo celular do empresário, se passando por ele.

Em sua oitiva, Suyane Breschak confessou ter ajudado a dar fim aos pertences da vítima e revelou que boa parte de seus ganhos vinham dos pagamentos da dívida citada. Contra ela, foi cumprido um mandado de prisão temporária por homicídio qualificado.

Ao longo da investigação, em que diversas testemunhas prestaram depoimento, a namorada chegou a ser ouvida na delegacia, onde demonstrou muita frieza e afirmou que não tinha conhecimento até então da morte de Luiz Marcelo. Segundo ela, a vítima teria aberto uma conta conjunta nos nomes dos dois. Imagens mostraram a mulher indo ao condomínio para buscar o cartão desta conta, entregue por correspondência, enquanto o homem já estava morto.
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