Publicado 30/05/2024 17:53 | Atualizado 30/05/2024 19:18
Rio - A Polícia Civil tenta localizar Júlia Andrade Cathermol Pimenta, considerada foragida desde terça-feira (28), para concluir as investigações acerca do homicídio do namorado dela, o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond. A 25ª DP (Engenho Novo) refez os últimos passos de Júlia para entender como se deu a morte da vítima.
PublicidadeAo longo da investigação, em que diversas testemunhas prestaram depoimento, a namorada chegou a ser ouvida na delegacia, onde demonstrou muita frieza ao relatar os últimos momentos com Luiz Marcelo. Ela também afirmou que não tinha conhecimento da morte dele.
Veja o que se sabe até o momento:
- Júlia e Luiz Marcelo estavam juntos há um mês e passaram a morar juntos nesse período no apartamento da vítima, no bairro Engenho Novo, na Zona Norte.
- Luiz foi visto pela última vez no dia 17 deste mês, uma sexta-feira. Nessa data, câmeras de segurança do elevador do prédio onde ele morava flagraram os dois circulando pela área de lazer. Nas imagens é possível ver Luiz e Júlia com bebida alcoólica na mão. O empresário também carregava um prato, que a polícia suspeita ser o brigadeirão envenenado.
- Ainda no dia 17, Luiz apareceu nas imagens do circuito interno com aspecto sonolento, o que indica que ele já teria sido envenenado nessa data. As investigações apontam ainda Júlia que teria colocado 50 comprimidos moídos dentro do brigadeirão ingerido pela vítima. Depois dessa data, o empresário não saiu mais do apartamento.
- Segundo as investigações da 25ª DP, Júlia dormiu ao lado do cadáver do namorado durante o fim de semana e, na segunda-feira (20), fugiu do apartamento levando pertences do empresário e o carro dele.
- No dia 20, os vizinhos sentiram um cheiro forte vindo do apartamento de Luiz, onde foi constatado que ele estava morto. De acordo com o laudo cadavérico, Luiz foi morto três ou seis dias antes do corpo ser localizado.
- Júlia permaneceu no apartamento – informação confirmada pelas imagens de câmeras de segurança analisadas – e mandava mensagens se queixando do cheiro que o corpo em decomposição exalava. Em determinado momento, chegou a dizer que havia um urubu na janela. A namorada também teria enviado mensagens pelo celular do empresário, se passando por ele.
- Após o crime, Júlia chegou a prestar depoimento na 25ª DP e foi liberada. Na distrital, ela disse que foi agredida pelo namorado no dia 18 e por isso saiu de casa. Parentes e amigos do empresário, também em depoimento, contaram ainda que ele efetuou um pagamento de R$2.600 para um agiota após a namorada afirmar que, devido a uma dívida, queriam matá-la.
Suspeita teve ajuda de cigana, aponta polícia
No decorrer do inquérito, os agentes apuraram que a namorada de Luiz Marcelo, com a ajuda da cigana Suyane Breschak, se desfez dos bens do namorado, inclusive de seu carro. O veículo foi levado para Cabo Frio, na Região dos Lagos, após supostamente ter sido vendido por uma quantia de R$ 75 mil. Abordado pelos policiais, o homem que estava com o carro chegou a apresentar um documento escrito à mão, que ele disse ter sido assinado pela vítima, transferindo o bem. Com o mesmo homem, foram encontrados o telefone celular e o computador de Luiz Marcelo. Ele foi preso em flagrante por receptação.
Suyany contou aos agentes que foi procurada por Julia anos atrás, pela internet, para uma ajuda espiritual, "mas sem provocar mal a ninguém". Na época, a mulher teria a procurou para reconquistar um ex-namorado e, desde então, passou a ser sua cliente.
Ainda em depoimento, ela revelou que a suspeita fazia programas sexuais para se manter e que, ao longo dos anos, Júlia passou a lhe dever R$ 600 mil pelos atendimentos, que vinham sendo quitados com pagamentos em torno de R$ 5 mil mensais há cerca de 5 anos.
O trabalho da cigana era relativo à limpeza espiritual para que familiares e namorados não descobrissem a vida de Júlia como garota de programa e também para atrair mais clientes. Segundo ela, a suspeita seguia a vida da seguinte maneira: passava os fins de semana com um outro namorado e dividia o restante dos dias entre Luiz Marcelo e eventuais atendimentos.
O trabalho da cigana era relativo à limpeza espiritual para que familiares e namorados não descobrissem a vida de Júlia como garota de programa e também para atrair mais clientes. Segundo ela, a suspeita seguia a vida da seguinte maneira: passava os fins de semana com um outro namorado e dividia o restante dos dias entre Luiz Marcelo e eventuais atendimentos.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.