Publicado 30/05/2024 19:07 | Atualizado 30/05/2024 19:34
Rio - Suyany Breschak, a cigana presa por suspeita de participação no assassinato do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, reúne mais de 300 mil seguidores em seu perfil no Instagram. Na rede, ela é conhecida pelo nome 'Cigana Esmeralda' e posta vídeos dando dicas de 'simpatias', direcionando os usuários a um número de Whatsapp, onde poderão consultar valores dos serviços.
PublicidadeChecado pelo o Dia nesta quinta-feira (30), o telefone disponibilizado não funciona mais. Suyany foi presa nesta terça-feira (28) como possível cúmplice de Júlia Andrade Cathermol Pimenta. Segundo as investigações, a cigana teria ajudado a suspeita a se desfazer dos bens do empresário após a morte.
Nos vídeos publicados no perfil da suspeita, ela afirma ser 'cigana legítima de berço'. Em uma live no dia 16 de abril, Suyany gravou um vídeo alertando os seguidores sobre perfis que estavam se passando por ela na rede social.
"Tem pessoas se passando por mim, passando trabalhos a R$ 150. Tem uma pessoa me chamando aqui, totalmente equivocada, falando que fez um trabalho comigo, que era a mesma voz, passando o nome de uma outra pessoa e cismando que fui eu quem fez o trabalho. Gente, não existe trabalho de R$ 150, vocês estão pedindo para serem enganados", defende-se.
A última publicação no perfil da 'Cigana Esmeralda' é uma foto dela mesma, um dia antes do corpo de Marcelo ser encontrado pela polícia.
Envolvimento com o crime
O empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond foi encontrado morto no dia 20 deste mês, dentro de seu apartamento no Engenho Novo, na Zona Norte. Segundo a Polícia Civil, o corpo já estava em estágio avançado de decomposição.
A principal suspeita de ter cometido o assassinato é a namorada da vítima, Júlia Andrade Cathermol Pimenta. Segundo as investigações, a mulher teria envenenado o empresário colocado 50 comprimidos moídos dentro de um 'brigadeirão'. Júlia é considerada foragida pela polícia, já que consta contra ela um mandado de prisão temporária em aberto por homicídio qualificado.
Suyany contou aos agentes que foi procurada por Julia anos atrás, pela internet, para uma ajuda espiritual, "mas sem provocar mal a ninguém". Na época, a mulher teria a procurou para reconquistar um ex-namorado e, desde então, passou a ser sua cliente.
No decorrer do inquérito, os agentes apuraram que a namorada de Luiz Marcelo, com a ajuda da cigana, se desfez dos bens da vítima.
O veículo dele foi levado para Cabo Frio, na Região dos Lagos, após supostamente ter sido vendido por R$ 75 mil. Abordado pelos policiais, o homem que estava com o carro chegou a apresentar um documento escrito à mão, que ele disse ter sido assinado pela vítima, transferindo o bem. Com o mesmo homem, foram encontrados o telefone celular e o computador de Luiz Marcelo. Ele foi preso em flagrante por receptação.
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