Publicado 03/06/2024 07:10 | Atualizado 03/06/2024 07:22
Rio - Júlia Andrade Cathermol Pimenta, suspeita de envenenar o empresário Luiz Marcelo Ormond, prestou depoimento sobre a morte do namorado no último dia 22. De acordo com a polícia, a mulher falou com extrema frieza sobre o caso. Na declaração, ela contou que deixou o apartamento no dia 20 após descobrir uma traição por parte de Luiz Marcelo. O corpo do empresário foi encontrado nessa mesma data em estado avançado de decomposição. Trechos da oitiva foram divulgados pelo Fantástico, da TV Globo, neste domingo (2). A companheira é a principal suspeita do crime e está foragida.
PublicidadeJúlia contou à polícia que ela e Luiz Marcelo tiveram um relacionamento entre 2013 e 2017. No entanto, o namoro só foi oficializado em 2023. Em abril, eles passaram a morar juntos em um apartamento na Zona Norte e na mesma época anunciaram, através das redes sociais, que estavam casados. No depoimento, a mulher contou que as brigas tiveram início logo depois. "Eu percebi que ele estava muito cansado, muito estressado. E quando ele voltava no almoço, ele apagava", relatou Júlia.
De acordo com ela, o estopim para a separação foi a descoberta de uma traição por parte de Luiz Marcelo. "Aí eu vi que enquanto eu estava dormindo, ele ficava em bate-papo. Provavelmente procurando p*. Aí descobri que ele tinha um Instagram fake. Aí teve briga. Aí eu falei que eu queria ir embora", relatou na oitiva. Júlia afirma que deixou o apartamento no dia 20 de maio. Em alguns trechos do depoimento divulgados pelo Fantástico, a suspeita aparece rindo.
No mesmo dia dessa suposta separação, o corpo do empresário foi encontrado no sofá do apartamento em avançado estado de decomposição. O Corpo de Bombeiros foi acionado após os vizinhos sentirem um cheiro forte. De acordo com o laudo pericial, Luiz foi morto três ou seis dias antes do corpo ser localizado. A família da vítima contou ao DIA que a última fez que ele foi visto foi no dia 17 deste mês, justamente na companhia de Júlia. Segundo as investigações da 25ª DP, a suspeita dormiu ao lado do cadáver do namorado durante o fim de semana e, na segunda-feira (20), fugiu do apartamento levando pertences do empresário e o carro dele.
No mesmo dia dessa suposta separação, o corpo do empresário foi encontrado no sofá do apartamento em avançado estado de decomposição. O Corpo de Bombeiros foi acionado após os vizinhos sentirem um cheiro forte. De acordo com o laudo pericial, Luiz foi morto três ou seis dias antes do corpo ser localizado. A família da vítima contou ao DIA que a última fez que ele foi visto foi no dia 17 deste mês, justamente na companhia de Júlia. Segundo as investigações da 25ª DP, a suspeita dormiu ao lado do cadáver do namorado durante o fim de semana e, na segunda-feira (20), fugiu do apartamento levando pertences do empresário e o carro dele.
No decorrer do inquérito, os agentes apuraram que a namorada de Luiz Marcelo, com a ajuda da cigana Suyana Breschak, presa na última semana em Cabo Frio, na Região dos Lagos, se desfez dos bens do namorado, inclusive de seu carro. O veículo foi levado para o município onde Suyana foi presa depois de supostamente ter sido vendido por uma quantia de R$ 75 mil.
À polícia, a cigana disse que a autora tinha uma dívida com ela de cerca de R$ 600 mil. Suyana disse, ainda, que Júlia contou à ela que não aguentava mais a relação com o empresário. "Ela me disse: 'Não estou mais aguentando esse porco, esse nojento, eu vou matar ele", disse. Segundo ela, Júlia confessou ter matado Marcelo com o uso do medicamento Dimorf. Ela teria colocado 50 comprimidos moídos em um brigadeirão servido ao namorado.
A cigana revelou que Júlia levou o carro de Luiz Marcelo até ela no sábado (18), como pagamento de parte da dívida. No veículo, estavam vários objetos da vítima, como um computador e armas legalizadas.
A polícia afirma que o crime teve motivação econômica. Segundo as investigações, o empresário estaria sendo pressionado a colocar a namorada como beneficiária de um contrato de venda de um imóvel. A informação foi obtida pela Polícia Civil através do depoimento de um amigo de infância da vítima. Segundo a testemunha, o próprio empresário já havia relatado a pressão que estava sofrendo por Júlia para alterar o contrato, onde um de seus primos constava como beneficiário.
O imóvel vendido ao amigo da vítima fica no bairro Maria da Graça, na Zona Norte do Rio. O acordo consistia no pagamento de R$ 3 mil no dia 25 de cada mês e R$ 20 mil nos meses de janeiro até completar o valor total. A compra foi feita em março deste ano e firmada em cartório.
O imóvel vendido ao amigo da vítima fica no bairro Maria da Graça, na Zona Norte do Rio. O acordo consistia no pagamento de R$ 3 mil no dia 25 de cada mês e R$ 20 mil nos meses de janeiro até completar o valor total. A compra foi feita em março deste ano e firmada em cartório.
A testemunha alegou que, no dia 18 de maio, às 21h12, recebeu uma mensagem do celular de Luiz Marcelo pedindo o adiantamento do pagamento e estranhou, já que a vítima só se comunicava com ele por áudios. O amigo acredita que a mensagem tenha sido enviada por Júlia, já que sabia que o homem não passava por dificuldades financeiras.
Qualquer informação sobre o paradeiro de Júlia pode ser enviada, de forma anônima, ao Disque Denúncia através da central de atendimento/call center (021) - 2253 1177 ou 0300-253-1177, do WhatsApp (021) – 2253-1177 e do aplicativo Disque Denúncia RJ.
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