Publicado 05/06/2024 10:44 | Atualizado 05/06/2024 10:44
Rio - Após se entregar à Polícia Civil, no fim da noite desta terça-feira (4), Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, principal suspeita de matar o namorado, Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 49 anos, com um brigadeirão envenenado, permaneceu em silêncio e não prestou nenhum esclarecimento na 25ºDP (Engenho Novo).
Mais cedo, a advogada Hortência Menezes havia informado que Júlia iria colaborar com as investigações. A negociação sobre a rendição durou cerca de 12 horas. Contra ela havia um mandado de prisão em aberto por homicídio qualificado. A suspeita estava foragida desde 28 de maio.
De acordo com o delegado responsável pela investigação, Marcos André Buss, alguns pontos ainda precisam ser esclarecidos e o depoimento de Júlia seria importante.
"A prisão é temporária de modo que neste prazo se a Júlia preferir falar gostaríamos de ouvir a versão dela, porque tem uns pontos a esclarecer, principalmente sobre a relação dela com a Suyany", disse.
Júlia deve ser transferida para o presídio de Benfica, na Zona Norte, por volta de 12h desta quarta-feira (5).
Dívida de R$600 mil com cigana
Segundo a cigana Suyany Breschak, presa no último dia 28 por ter ajudado Júlia a se desfazer dos bens da vítima, a suspeita fazia programas sexuais para se manter, e que ao longo dos anos passou a lhe dever R$ 600 mil pelos atendimentos, que vinham sendo quitados com pagamentos em torno de R$ 5 mil mensais há cerca de 5 anos.
Em depoimento, a cigana revelou que seu trabalho era relativo à limpeza espiritual para que familiares e namorados não descobrissem a vida de Júlia como garota de programa e também para atrair mais clientes. Segundo ela, a suspeita seguia a vida da seguinte maneira: passava os fins de semana com um outro namorado e dividia o restante dos dias entre Luiz Marcelo e eventuais atendimentos.
PublicidadeMais cedo, a advogada Hortência Menezes havia informado que Júlia iria colaborar com as investigações. A negociação sobre a rendição durou cerca de 12 horas. Contra ela havia um mandado de prisão em aberto por homicídio qualificado. A suspeita estava foragida desde 28 de maio.
De acordo com o delegado responsável pela investigação, Marcos André Buss, alguns pontos ainda precisam ser esclarecidos e o depoimento de Júlia seria importante.
"A prisão é temporária de modo que neste prazo se a Júlia preferir falar gostaríamos de ouvir a versão dela, porque tem uns pontos a esclarecer, principalmente sobre a relação dela com a Suyany", disse.
Júlia deve ser transferida para o presídio de Benfica, na Zona Norte, por volta de 12h desta quarta-feira (5).
Dívida de R$600 mil com cigana
Segundo a cigana Suyany Breschak, presa no último dia 28 por ter ajudado Júlia a se desfazer dos bens da vítima, a suspeita fazia programas sexuais para se manter, e que ao longo dos anos passou a lhe dever R$ 600 mil pelos atendimentos, que vinham sendo quitados com pagamentos em torno de R$ 5 mil mensais há cerca de 5 anos.
Em depoimento, a cigana revelou que seu trabalho era relativo à limpeza espiritual para que familiares e namorados não descobrissem a vida de Júlia como garota de programa e também para atrair mais clientes. Segundo ela, a suspeita seguia a vida da seguinte maneira: passava os fins de semana com um outro namorado e dividia o restante dos dias entre Luiz Marcelo e eventuais atendimentos.
Suyani recebeu de Júlia o carro de Luiz Marcelo, um Honda CRV, e entregou a um homem com quem já se relacionou — o receptor, conforme a cigana, sabe do possível homicídio. O rapaz, além do veículo, ficou com roupas e um ar condicionado da vítima. A doação seria para quitar a dívida entre a suspeita e a cigana, somando R$ 75 mil.
Os investigadores também suspeitam que Luiz Marcelo estaria sendo pressionado a colocar Júlia como beneficiária de um contrato de venda de um imóvel. A informação foi obtida pela Polícia Civil através do depoimento de um amigo de infância da vítima. Segundo a testemunha, há duas semanas o próprio empresário relatou a pressão que estava sofrendo por Júlia para alterar o contrato, onde um de seus primos constava como beneficiário.
O imóvel vendido ao amigo da vítima fica no bairro Maria da Graça, na Zona Norte do Rio. O acordo consistia no pagamento de R$ 3 mil no dia 25 de cada mês e R$ 20 mil nos meses de janeiro até completar o valor total. A compra foi feita em março deste ano e firmada em cartório.
Por fim, a cigana ressaltou que o relacionamento de Júlia com Luiz era "puramente interesse", já que a suspeita dizia que o homem tinha investimentos e dinheiro. Além disso, ao longo do fim de semana do crime, a mulher chegou a dizer que viu um urubu em sua janela, cobriu o corpo com cobertor e jogou água sanitária no apartamento.
O imóvel vendido ao amigo da vítima fica no bairro Maria da Graça, na Zona Norte do Rio. O acordo consistia no pagamento de R$ 3 mil no dia 25 de cada mês e R$ 20 mil nos meses de janeiro até completar o valor total. A compra foi feita em março deste ano e firmada em cartório.
Por fim, a cigana ressaltou que o relacionamento de Júlia com Luiz era "puramente interesse", já que a suspeita dizia que o homem tinha investimentos e dinheiro. Além disso, ao longo do fim de semana do crime, a mulher chegou a dizer que viu um urubu em sua janela, cobriu o corpo com cobertor e jogou água sanitária no apartamento.
Relembre o caso
Luiz foi encontrado morto dentro do apartamento onde morava com Júlia, no bairro Engenho Novo, na Zona Norte do Rio, no último dia 20. Ele não era visto, contudo, desde o dia 17. De acordo com o laudo cadavérico, ele morreu três ou seis dias antes do corpo ser localizado. Segundo as investigações da 25ª DP, Júlia dormiu ao lado do cadáver do namorado durante o fim de semana e, na segunda-feira (20), fugiu do apartamento levando pertences do empresário e o carro dele.
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