Publicado 05/06/2024 12:00 | Atualizado 05/06/2024 16:29
Rio - O motociclista Luiz Fernando do Carmo Fonte, 27 anos, morreu após ser baleado durante uma abordagem policial na Cidade de Deus, na Zona Oeste, na noite de terça-feira (4). Segundo a PM, o disparo ocorreu de forma acidental.
Nas redes sociais, imagens mostram o rapaz sendo carregado por agentes, pelos braços e pernas, e colocado dentro de uma viatura. Ainda no vídeo, populares alegam que a vítima era um homem trabalhador. "Nós somos tratados igual bicho, eu sou motoboy também", disse uma testemunhas. "Depois vão dizer que teve troca de tiros", disse outra.
PublicidadeNas redes sociais, imagens mostram o rapaz sendo carregado por agentes, pelos braços e pernas, e colocado dentro de uma viatura. Ainda no vídeo, populares alegam que a vítima era um homem trabalhador. "Nós somos tratados igual bicho, eu sou motoboy também", disse uma testemunhas. "Depois vão dizer que teve troca de tiros", disse outra.
Ainda segundo a Polícia Militar, Luiz Fernando foi socorrido e levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge e, posteriormente, transferido para o Hospital Municipal Miguel Couto. No entanto, a Secretaria Municipal de Saúde informou que ele não resistiu aos ferimentos.
Durante a manhã desta quarta-feira (5), o advogado de Direitos Humanos Rodrigo Mondego contou que recebeu uma ligação da mãe da vítima contando que o rapaz morreu por volta das 6h. Segundo a família, Luiz Fernando trabalhava com saltos de parapente e fazia entregas nas horas vagas.
Na ação que vitimou Luiz, a PM alega que agentes do 18ºBPM (Jacarepaguá) estavam em patrulhamento pela Estrada dos Bandeirantes, na altura do Karatê, quando avistaram uma moto com um homem em atividade suspeita, no sentido Taquara.
Em seguida, de acordo com o comando da unidade, foi feito um cerco tático até a hora em que o motociclista entrou na Rua Gusmão Lobo, um dos acessos à Cidade de Deus. Neste momento, foi realizado um disparo acidental por parte de um dos PMs, que atingiu a vítima.
Em nota, a PM destacou ainda que, durante toda a ação, os policiais militares utilizavam câmeras corporais e que foi aberto um procedimento apuratório para analisar as circunstâncias dos fatos. O caso foi registrado na 32ª DP (Taquara).
Procurada, a Polícia Civil informou que os policiais militares envolvidos na ação foram ouvidos na distrital e as imagens das câmeras corporais foram requisitadas à corporação. A arma que disparou foi apreendida para perícia. Os agentes buscam imagens de câmeras de segurança da região e testemunhas para esclarecer todos os fatos.
Até o momento, não há informações sobre o enterro de Luiz Fernando.
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