Júlia Cathermal, de 29 anos, se entregou à Polícia Civil na noite desta terça-feira (4)Divulgação
Publicado 05/06/2024 17:47 | Atualizado 05/06/2024 17:49
Rio - Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, suspeita de envenenar o empresário Luiz Marcelo Ormond, de 44, que se entregou à Polícia Civil, nesta terça-feira (4), é formada em psicologia e tem registro no Conselho Nacional da área desde 2021. 

Na área de formação, Júlia afirmou a policiais que clinicou por pouco tempo, mas que vinha sem atuar profissionalmente nos últimos anos. Além da psicologia, a suspeita também trabalharia como garota de programa.

Filha de Carla Cathermal Faria e enteada do policial civil aposentado Marino Bastos Leandro, Júlia também contava com a ajuda financeira do pai biológico. Segundo investigadores, a suspeita recebe uma pensão de pouco mais de R$ 2 mil do pai.
Publicidade
A relação com a vítima
A suspeita começou a se relacionar com o empresário vítima ainda em 2013. À época, Júlia tinha apenas 18 anos enquanto Marcelo tinha 34. Os dois ficaram juntos até 2017, quando se separaram, mas voltaram a se falar em março deste ano. Segundo a investigação da 25ª DP (Engenho Novo), Júlia teria procurado Luiz que, inclusive, teria cogitado formalizar uma união estável com a suspeita.

Segundo publicação nas redes sociais, Luiz chegou a mudar o status das suas redes sociais para casado. Nesse momento, dia 19 de abril, os dois já moravam juntos no apartamento do empresário, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio. O local é o mesmo onde o corpo da vítima foi encontrado, cerca de um mês depois, no dia 20 de maio.
O início do plano
A oficialização do casamento, contudo, não aconteceu, o que acabou motivando a suspeita a executar o plano para matar o empresário. O crime aconteceu no dia 18 de maio, quando Júlia teria preparado dois brigadeirões, sendo um deles envenenado.

Como objetivo para cometer o crime, Júlia teria a questão financeira, uma vez que mantinha dívidas no valor de R$ 600 mil com a cartomante Suyany Breschak. A Polícia Civil não descarta que as duas tenham planejado o crime juntas.
Mentora espiritual é suspeita

Suyany é considerada a mentora espiritual de Júlia. As duas se conheceram há pelo menos 11 anos. Presa desde o último dia 28 de maio, a cigana revelou inclusive em depoimento que Júlia contou ter colocado 60 comprimidos à base de morfina na sobremesa preparada para Luiz.

No dia 3 de Junho, um dia antes da prisão de Júlia, funcionários de uma farmácia na Zona Norte confirmaram que ela havia comprado uma caixa de analgésicos.
Carro da vítima vendido
Após cometer o crime, no dia 18, Júlia teria entregue para a cigana o carro do empresário Luiz, um modelo Honda CR-V, avaliado em R$ 75 mil. O veículo ficou com ex-namorado de Suyany, apontado como Vitor Ernesto de Souza Chaffin, que acabou preso por receptação, no dia 30 de maio. Ele foi liberto após o pagamento de fiança.

Antes da prisão de Júlia, nesta terça-feira (4), a polícia civil também já havia ouvido depoimentos do atual namorado da psicóloga, Jean Cavalcante de Azevedo, e de outro homem que tem envolvimento amoroso com a cigana Suyany.

Leia mais