Júlia Andrade é a principal suspeita de envenenar o namorado com brigadeirãoReprodução
Publicado 06/06/2024 22:10
Rio - Três novas testemunhas compareceram na 25ª DP (Engenho Novo), nesta quinta-feira (6), para prestar depoimento sobre o caso do empresário Luiz Marcelo Ormond, de 46 anos, morto envenenado com brigadeirão pela psicóloga Júlia Catherman, de 29. A informação foi apresentada pelo "RJTV", da TV Globo.
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Um dos depoimentos foi de Victor Ernesto de Souza Chaffi, ex namorado da cigana Suyany Breschack, apontada como mandante do crime. Uma testemunha, que não teve o nome divulgado, disse conhecer o passado de Suyany. Tanto ela quanto a sua advogada relataram que estão sofrendo ameaças por parte da família da cigana.
Nesta terça-feira, Julia se entregou na 25ª DP (Engenho Novo) após ficar uma semana escondida em um hotel no Centro do Rio. Durante o depoimento, a suspeita se recusou a responder as perguntas dos investigadores da distrital sobre o envenenamento da vítima, usando o brigadeirão.
Na manhã de quarta-feira, a suspeita foi transferida para presídio em Benfica, onde segue presa temporariamente por homicídio qualificado. Antes da prisão, a mãe de Júlia, Carla Cathermal Faria, esteve na 25ª DP (Engenho Novo) para prestar esclarecimentos e disse que a filha teria dito que fez "uma besteira".
O caso
De acordo com o relato da mãe, a filha teria cometido o crime obrigada pela cigana Suyany Breschak. Apontada como mentora religiosa da psicóloga, ela foi presa por ajudar Júlia a se desfazer dos bens de Luiz Ormond. Entre o material roubado após a morte da vítima, no último dia 18 de maio, está um carro avaliado em R$ 75 mil.
O empresário vítima do esquema foi encontrado sem vida no apartamento onde vivia com Júlia no dia 20 de maio. A polícia chegou ao local após denúncias de vizinhos. Os moradores do prédio ligaram após sentirem o cheiro ruim causado pelo estágio avançado de decomposição do corpo de Luiz.
Júlia teria cometido o crime por motivos financeiros, uma vez que tinha dívidas no valor de R$ 400 mil com a cigana. Segundo a cigana Suyany Breschak, presa por ter ajudado Júlia a se desfazer dos bens da vítima, a suspeita fazia programas sexuais para se manter e que, ao longo dos anos, Júlia passou a lhe dever R$ 600 mil pelos atendimentos, que vinham sendo quitados com pagamentos em torno de R$ 5 mil mensais há cerca de 5 anos.
O trabalho da cigana era relativo à limpeza espiritual para que familiares e namorados não descobrissem a vida de Júlia como garota de programa e também para atrair mais clientes. Segundo ela, a suspeita seguia a vida da seguinte maneira: passava os fins de semana com um outro namorado e dividia o restante dos dias entre Luiz Marcelo e eventuais atendimentos.
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