'Pedro Dominador' é considerado o líder da quadrilhaReprodução
Publicado 12/06/2024 12:08
Rio - A quadrilha de garotos de programa que extorquia e ameaçava clientes pesquisava informações das vítimas pela internet. Ao DIA, o delegado Álvaro de Oliveira, responsável pelas investigações, explicou que o grupo costumava fazer buscas abertas em ferramentas de pesquisa onde localizavam dados pessoais, como CPF, número de telefone e entre outros. Os suspeitos tiveram a prisão mantida pela Justiça no último sábado (8).

Ainda de acordo com o delegado, existem bancos de dados pagos para esse tipo de busca, que podem ter sido utilizados pelo grupo. No entanto, ainda não foi encontrada nenhuma prova sobre o pagamento deles para compra de informações, que geralmente são vendidas em sites clandestinos.
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Segundo as investigações, o grupo chegou a extorquir mais de R$ 71 mil de uma pessoa que contratou os serviços sexuais de um dos criminosos. O líder do bando, Fabio dos Santos Pita Junior, conhecido como Pedro Dominador ou Pedro Dom, foi contratado, através de um site de relacionamentos, para fazer um programa com a vítima. Dias após o encontro, o suspeito entrou em contato com o cliente e perguntou se ela poderia lhe emprestar dinheiro, mas foi ignorado.
Posteriormente, a vítima recebeu mensagens de um número de telefone desconhecido com imagens contendo dados pessoais, como seu endereço e o nome da empresa de seu pai. Ele também recebeu uma ligação, na qual foi acusado de pedofilia, uma vez que Fabio seria, supostamente, menor de idade, além de ter sido ameaçado de ter sua sexualidade revelada aos seus pais, fato que era desconhecido por eles.
Na ocasião, a vítima transferiu R$ 2 mil para a conta bancária de outro denunciado, João Fernandes Nunes. Porém, pouco depois, um novo número entrou em contato com ela, enviando um vídeo da fachada de sua casa e novas ameaças de expor sua sexualidade. Assustada, a vítima realizou diversas outras transferências bancárias para as contas de Fabio, João e dos outros três denunciados, Cynara Ferreira da Silva, Ronaldo da Silva Gonçalves e Carlos Henrique da Silva Paixão, totalizando R$ 71.770,40.
Segundo o Ministério Público, os denunciados também são investigados em outros dois inquéritos policiais em curso, inclusive com a participação de um garoto de programa, menor de idade. A prisão de Fábio, Cynara, Carlos Henrique e Ronaldo foi realizada por agentes da 21ª DP (Bonsucesso).
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