Publicado 14/06/2024 17:59
Rio - Familiares e amigos da menina de 13 anos, que foi baleada na rua de casa na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, começaram um movimento nas redes sociais, nesta sexta-feira (14), para pedir orações em prol da sua melhora. A criança está internada em estado grave no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio.
PublicidadeA vítima é coroinha da Igreja Nossa Senhora da Ajuda. Devido ao estado delicado da menina, a família e os fiéis marcaram uma corrente de adoração, às 18h, desta sexta-feira (14), sábado (15) e domingo (16).
"Bia é católica e coroinha da Igreja Nossa Senhora da Ajuda, mas independente da sua religião o Deus é um só e por isso vamos todos juntos numa corrente de fé", diz a postagem.
Uma familiar da criança também usou seu perfil para divulgar o movimento. "Vamos manter as orações porque ela está precisando disso. Oração e força positiva. Vai dar tudo certo, eu sei disso. Ela é forte, jovem e eu tenho certeza que a justiça vai ser feita", comentou.
Relembre o caso
A menina foi baleada na rua de casa, enquanto voltava do balé, na noite desta quinta-feira (13), na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio. A vítima foi atingida por uma bala perdida na barriga durante um confronto entre policiais militares e criminosos.
Ao DIA, uma familiar relembrou os momentos de terror durante o socorro da adolescente A. B. B. N, que passou por cirurgia e está internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) pediátrico do Souza Aguiar. Inicialmente, a menina foi socorrida e encaminhada Hospital Evandro Freire, na Ilha, mas foi transferida na manhã desta sexta-feira (14).
No momento em que foi baleada, a menina voltava do balé com uma tia, como todos os dias, quando as duas foram surpreendidas pelo tiroteio na Rua Zaquia Jorge. O socorro, após a menina ser atingida, foi feito pela mãe e por moradores da vizinhança.
"Paramos um carro no meio da rua para levar ela ao hospital. O tiroteio ainda continuou um pouco depois que ela foi baleada e o pessoal arrastou ela para dentro do portão. A mãe dela e a tia ficaram tentando se proteger com ela pedindo socorro, porque não tinha para onde correr. Depois que os tiros pararam, o pessoal tentou para algum carro para poder levar ela para o Hospital Evandro Freire", explicou.
"Paramos um carro no meio da rua para levar ela ao hospital. O tiroteio ainda continuou um pouco depois que ela foi baleada e o pessoal arrastou ela para dentro do portão. A mãe dela e a tia ficaram tentando se proteger com ela pedindo socorro, porque não tinha para onde correr. Depois que os tiros pararam, o pessoal tentou para algum carro para poder levar ela para o Hospital Evandro Freire", explicou.
Em relação a origem do disparo, a família espera que uma perícia seja feita. "A gente está precisando é que tudo seja acionado para saber como a bala entrou, como saiu, de qual arma foi efetuado o tiro na menina, porque tudo indica que a bala que pegou nela veio de policiais, foi tiro de fuzil, entrou de um lado e saiu de outro. Tudo aconteceu aqui na porta da casa da minha tia, e o tiroteio continuou mesmo quando ela foi atingida", disse.
Além da melhora da vítima, os familiares também querem Justiça. "A gente pede muito pela perícia, para saber exatamente de onde partiu o tiro, tanto se for do bandido ou se for polícia, a gente quer Justiça. Apesar da gente morar em comunidade, queremos que a Justiça seja feita porque a gente não deve nada para bandido e nem para polícia".
O que dizem as autoridades?
De acordo com a Polícia Civil, os PMs narraram que estavam na comunidade da Pixunas para apurar denúncias de extorsões praticadas por traficantes contra motoristas, quando foram atacados a tiros e houve confronto.
O caso está sendo investigado na 37ªDP (Ilha do Governador). As armas dos policiais foram apreendidas e serão encaminhadas para perícia. As imagens das câmeras corporais serão requisitadas para análise. A Delegacia de Homicídios da Capital está auxiliando no andamento das investigações para esclarecer os fatos.
Procurada, a Polícia Militar reforçou que agentes do 17ºBPM (Ilha do Governador) estavam checando uma denúncia na Rua Brigadeiro Newton Braga, quando houve confronto após serem atacados a tiros. Ainda segundo a corporação, os militares foram ouvidos e os armamentos utilizados recolhidos.
O caso está sendo investigado na 37ªDP (Ilha do Governador). As armas dos policiais foram apreendidas e serão encaminhadas para perícia. As imagens das câmeras corporais serão requisitadas para análise. A Delegacia de Homicídios da Capital está auxiliando no andamento das investigações para esclarecer os fatos.
Procurada, a Polícia Militar reforçou que agentes do 17ºBPM (Ilha do Governador) estavam checando uma denúncia na Rua Brigadeiro Newton Braga, quando houve confronto após serem atacados a tiros. Ainda segundo a corporação, os militares foram ouvidos e os armamentos utilizados recolhidos.
"A Corregedoria da Polícia Militar instaurou um procedimento apuratório para apurar as circunstâncias do caso, paralelamente às investigações da 37ªDP. Vale ressaltar que a equipe utilizava câmeras operacionais portáteis, e que caso solicitada para colaboração nas investigações, as imagens serão disponibilizadas", disse em nota.
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