Deputada estadual Lucinha (PSD) é investigada por suspeita de ligação com milicianos da Zona Oeste Arquivo / Agência O Dia
Publicado 20/06/2024 08:01 | Atualizado 20/06/2024 14:55
Rio - O processo disciplinar enfrentado pela deputada Lucinha (PSD) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) é apreciado pelo Conselho de Ética da Casa na tarde desta quinta-feira (20). A sessão de votação do parecer do relator estava marcada para as 14h, mas sofreu atraso. A deputada Lucinha chegou para a sessão por volta de 14h20. A reunião transcorre sob sigilo, sem participação da imprensa. O presidente do conselho, Julio Rocha, chegou a propor a abertura da sala, mas a maioria dos deputados discordou.
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O parecer do relator Vinicius Cozzolino (União Brasil) já foi distribuído aos membros do colegiado. Se a Comissão de Ética da Alerj decidir pela cassação, o texto vai para a análise do plenário da Casa. Por outro lado, se decidir pela absolvição, o processo é arquivado. 
Foram convocados os titulares da comissão Martha Rocha (PDT), vice-presidente do colegiado, Jorge Felippe Neto (Avante), Vinícius Cozzolino (União), Dani Monteiro (Psol), Renato Miranda (PL) e Cláudio Caiado (PSD), além dos suplentes Dionísio Lins (PP) e Andrezinho Ceciliano (PT). O corregedor parlamentar Chico Machado (SSD) e o corregedor substituto Val Ceasa (Patriota) também foram convocados. 
Na segunda-feira (17), o Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou a deputada e sua ex-assessora parlamentar, Ariane Afonso Lima, sob a acusação de integrarem a milícia chefiada por Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho. De acordo com as investigações, Lucinha e a assessora faziam parte do núcleo político da organização criminosa.
A deputada estadual Lucinha (PSD) entregou no último dia 7 as alegações finais no processo parlamentar. No dia 4 de junho, a parlamentar já havia prestado depoimento por 1h40 para se defender na Alerj. O colegiado ouviu a versão da deputada em sessão fechada à imprensa por correr em sigilo de justiça. O presidente da comissão, deputado Julio Rocha, relatou que a parlamentar respondeu a todas as perguntas formuladas pelos membros do conselho sobre o seu suposto envolvimento com a milícia da Zona Oeste.
A parlamentar, de 63 anos, seria, segundo a PF, o braço político da milícia de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, sendo chamada de "madrinha" pelos criminosos. Zinho foi preso no dia 24 de dezembro de 2023. O grupo paramilitar atua em pelo menos 13 bairros do Rio, a maioria na Zona Oeste. Após a operação, a parlamentar chegou a ser afastada do seu mandato na Alerj por determinação da Justiça. Mas os colegas deputados derrubaram a decisão.
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