Caso está sendo investigado pela 36ª DP (Santa Cruz)Reprodução / Google
Publicado 27/06/2024 21:04
Rio - A Polícia Civil ouviu, nesta quinta-feira (27), cinco testemunhas do caso do menino de 2 anos que teria sido dopado no Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) Renée Biscaia Raposo, em Cosmos, Zona Oeste do Rio. As oitivas aconteceram com funcionários da unidade de ensino e o caso é investigado como um crime previsto na Lei de Drogas.
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Nesta quarta-feira (26), a Secretaria Municipal de Educação do Rio informou que afastou as professoras que estavam na sala de aula no dia que a criança diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ingeriu Zolpidem. A pasta também ressaltou que instaurou uma sindicância para apurar o ocorrido.
Um exame laboratorial realizado pela mãe da vítima confirmou a presença da substância, que faz parte do grupo de hipnóticos e sedativos. O delegado Edézio Ramos, titular da 36ª DP (Santa Cruz), afirmou que aguarda o resultado de um exame pericial, mas que já está comprovada a presença do medicamento no sangue e no organismo do menino pelo exame laboratorial. 
O Zolpidem é qualificado por uma normativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como um elemento psicotrópico, ou seja, uma droga. Em maio, a Anvisa aprovou um aumento do controle para o medicamento, que costuma ser usado contra a insônia. Com a mudança, qualquer medicamento contendo a substância deverá ser prescrito por meio de Notificação de Receita B (azul).
A mãe da vítima, Lays Torre Almeida, contou que deixou o filho na creche, localizada na Praça Alex de Paula Xavier, onde ele entrou sozinho na manhã do dia 14. Ao buscá-lo durante a tarde, o menino não conseguia se manter em pé, o que fez com que a mulher o levasse ao Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande.
De acordo com a mãe, a única medicação que o menino usa por indicação médica, para ajudar o seu desenvolvimento por conta do TEA, é o Canabidiol, que é ministrado apenas em casa.
Lays afirmou que possui prints de conversas de professores da unidade dizendo que o filho atrapalhava a rotina de outras crianças e que não dormia com os colegas no horário destinado pela equipe responsável.
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