Soraia Mendonça Castanheiro foi atropelada por um idoso no Motel Arsenal, em São GonçaloReprodução/Redes sociais
Publicado 02/07/2024 16:56 | Atualizado 02/07/2024 16:57
Rio - O motorista Vilson Martins Gomes, de 74 anos, que atropelou e matou a camareira de um motel no bairro Arsenal, em São Gonçalo, disse em depoimento na 75ª DP (Rio do Ouro) não se lembrar de como aconteceu o acidente. O condutor foi levado por uma viatura do 7º BPM (São Gonçalo) à delegacia, na sexta-feira (28), momentos depois de atropelar Soraia Mendonça Castanheiro, 51 anos. 
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Acompanhado de seu advogado, ele alegou em depoimento que só se recordava de estar deitado no chão, sendo socorrido por populares. Ele também negou ter ingerido bebida alcoólica. Segundo a Polícia Civil, Vilson realizou exame de alcoolemia, cujo resultado foi negativo, e o mesmo foi liberado. Testemunhas afirmam que havia uma mulher ao lado dele no momento do acidente, mas que a mesma fugiu do local. No depoimento de Vilson, ele não citou a presença da passageira. 
Soraia foi socorrida e levada para o Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), mas não resistiu e morreu na segunda-feira (1º), três dias depois do atropelamento. O corpo dela foi sepultado nesta terça-feira (2), no Cemitério São Miguel, em São Gonçalo.
O caso foi registrado como lesão corporal culposa, quando não há intenção de cometer o crime. No entanto, o advogado da família da vítima, Petronilho Carneiro, estuda a mudança para tipificação do crime como homicídio doloso, quando há a intenção de matar. "Sem dúvida, a defesa trabalhará pela tipificação correta do crime que, a princípio, se amolda ao homicídio culposo na direção de veículo automotor. Caso seja verificada quaisquer circunstâncias que nos façam crer que o autor assumiu o risco do crime que cometera, este deverá responder pelo crime de homicídio doloso", disse ao DIA.
Testemunhas negam a versão de que o motorista prestou socorro à Soraia e afirmam que Vilson só permaneceu no local pois foi detido por funcionários do motel dentro de um apartamento. Já a Polícia Civil, por meio de nota, informou que "o autor permaneceu no local e prestou socorro". A defesa da família diz que o motel não possui circuito de imagens internas, não sendo possível, neste primeiro momento, comprovar que Vilson não prestou socorro à vítima. 
A Polícia Militar disse que equipes do 7º BPM (São Gonçalo) estiveram no local e a vítima já havia sido socorrida. "O autor não se evadiu e foi conduzido à referida delegacia para apreciação dos fatos", disse. 
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Vilson Martins. O espaço está aberto para manifestação.
 
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