Publicado 12/07/2024 10:54
Rio - O vencedor da licitação para operar o novo sistema de transporte aquaviário da Barra, Jacarepaguá e Recreio dos Bandeirantes, Consórcio Lagunar Marítima, deverá implementar 8 linhas de barcas, cinco terminais e seis estações obrigatoriamente na região em até cinco anos. A concessão foi homologada nesta sexta-feira (12) em publicação no Diário Oficial do Município.
PublicidadeOs cinco terminais obrigatórios vão conectar as regiões do Metrô Jardim Oceânico, Linha Amarela, Rio das Pedras, Muzema e Gardênia. A concessionária poderá, ainda, propor a construção de outras 18 estações e 8 linhas em toda a área do complexo lagunar. A demanda estimada pela Prefeitura do Rio é de mais de 81 mil passageiros por dia útil. Confira abaixo quais são as linhas, estações e terminais obrigatórios:
Linhas Obrigatórias
•Linha 01: expressa Rio das Pedras – Linha Amarela
•Linha 02: expressa Rio das Pedras – Jardim Oceânico
•Linha 04: expressa Rio das Pedras – Barra Shopping
•Linha 05: expressa Muzema – Jardim Oceânico
•Linha 07: Linha Amarela – Muzema - Metrô
•Linha 08: expressa Bosque Marapendi – Jardim Oceânico
•Linha 09: Circular Lagoa de Jacarepaguá
•Linha 12: expressa Gardênia Azul – Jardim Oceânico
Terminais Obrigatórios
•Linha 01: expressa Rio das Pedras – Linha Amarela
•Linha 02: expressa Rio das Pedras – Jardim Oceânico
•Linha 04: expressa Rio das Pedras – Barra Shopping
•Linha 05: expressa Muzema – Jardim Oceânico
•Linha 07: Linha Amarela – Muzema - Metrô
•Linha 08: expressa Bosque Marapendi – Jardim Oceânico
•Linha 09: Circular Lagoa de Jacarepaguá
•Linha 12: expressa Gardênia Azul – Jardim Oceânico
Terminais Obrigatórios
•Jardim Oceânico / Metrô
•Linha Amarela
•Rio das Pedras
•Muzema
•Gardênia Azul
Píeres/estações obrigatórias
•Barra Shopping
•Parque Olímpico
•Salvador Allende
•Bosque Marapendi
•Vila Militar
•Arroio Pavuna
•Linha Amarela
•Rio das Pedras
•Muzema
•Gardênia Azul
Píeres/estações obrigatórias
•Barra Shopping
•Parque Olímpico
•Salvador Allende
•Bosque Marapendi
•Vila Militar
•Arroio Pavuna
A expectativa da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), responsável pela licitação, é iniciar a operação da primeira linha em um ano. O investimento privado na implementação, operação e manutenção do sistema será de R$ 101,6 milhões ao longo dos 25 anos de contrato.
Entre outras especificações, o edital prevê que as embarcações deverão ser acessíveis para pessoas com deficiência, inclusive cadeirantes, ter sistema de iluminação para navegação noturna e cabine de passageiros protegida de chuva e vento.
Entre outras especificações, o edital prevê que as embarcações deverão ser acessíveis para pessoas com deficiência, inclusive cadeirantes, ter sistema de iluminação para navegação noturna e cabine de passageiros protegida de chuva e vento.
A barca será um modal de transporte público integrado com o bilhete único e a passagem custará R$ 4,30, o mesmo valor dos ônibus municipais.
O presidente da Associação de Moradores do Villas da Barra, Luciano Dias, avaliou que o novo sistema será positivo para a melhoria na qualidade de vida da população. "Caso realmente aconteça, vai ser um ganho muito grande. Hoje em dia, a Abelardo Bueno, nossa avenida principal, é muito congestionada e isso gera um transtorno muito grande. Com esse transporte aquaviário, vamos ter uma diminuição de carros e de procura por ônibus", disse o representante de 12 mil moradores do condomínio, que fica em frente ao Parque Olímpico da Barra.
O diretor de estruturação de projetos da CCPar, Lucas Costa, explicou que após a assinatura do contrato e algumas etapas burocráticas, a concessionária vai apresentar um plano de implantação operacional. "Ela vai propor um cronograma de quais serão as primeiras linhas a operar, quais os pontos de embarque e desembarque. Depois de aprovado pela prefeitura, seguirá para o processo de licenciamento de operação e construções dos pontos de embarque", explicou.
Costa acrescentou que algumas linhas já teriam condições de operar, mas outras dependem ainda da dragagem de trechos da lagoa. "Dependendo do ritmo de licenciamento, tudo isso pode ser feito antes do prazo máximo de cinco anos. Sendo que um grande ponto necessário para a implantação de algumas das linhas é que a dragagem seja concluída em alguns pontos, além dos licenciamentos", concluiu.
Costa acrescentou que algumas linhas já teriam condições de operar, mas outras dependem ainda da dragagem de trechos da lagoa. "Dependendo do ritmo de licenciamento, tudo isso pode ser feito antes do prazo máximo de cinco anos. Sendo que um grande ponto necessário para a implantação de algumas das linhas é que a dragagem seja concluída em alguns pontos, além dos licenciamentos", concluiu.
O presidente da Câmara dos Vereadores do Rio, Carlo Caiado, é coautor da lei que regula a implantação do transporte marítimo de passageiros no sistema lagunar de Jacarepaguá (Lei nº 5751/2014). O parlamentar ressalta a importância de também regularizar os serviços de barqueiros que funcionam há décadas no complexo para que os transportes convivam em harmonia.
"O transporte aquaviário das lagoas da Barra e Jacarepaguá é uma luta antiga. Esta concessão vai acelerar a mobilidade da região, diminuindo o trânsito e o tempo gastos no transporte público. Além disso, temos um projeto de lei complementar para regulamentar a atividade econômica das pessoas que trabalham no local. Temos mais de 500 famílias que vivem deste transporte, há mais de 60 anos", declarou.
"O transporte aquaviário das lagoas da Barra e Jacarepaguá é uma luta antiga. Esta concessão vai acelerar a mobilidade da região, diminuindo o trânsito e o tempo gastos no transporte público. Além disso, temos um projeto de lei complementar para regulamentar a atividade econômica das pessoas que trabalham no local. Temos mais de 500 famílias que vivem deste transporte, há mais de 60 anos", declarou.
Dragagem
Para viabilizar o novo sistema de transporte aquaviário, é necessário que a concessionária de água e coleta de esgoto da região, Iguá Saneamento, realize a dragagem do complexo, para permitir a navegação. A empresa de saneamento tem a obrigação contratual de investir R$ 250 milhões em desassoreamento e despoluição do complexo lagunar até agosto de 2026.
Para viabilizar o novo sistema de transporte aquaviário, é necessário que a concessionária de água e coleta de esgoto da região, Iguá Saneamento, realize a dragagem do complexo, para permitir a navegação. A empresa de saneamento tem a obrigação contratual de investir R$ 250 milhões em desassoreamento e despoluição do complexo lagunar até agosto de 2026.
Consórcio foi único interessado
O Consórcio Lagunar Marítima foi o único participante a demonstrar interesse no processo de licitação. O grupo é composto pelas empresas Construverde Construções e Serviços, ECP Environ Consultoria e Projetos, administradora do Campo de Golfe Olímpico, e a Esfeco Administração Ltda, responsável pela operação do trem do Corcovado.
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