Bosque Marapendi, na Barra da Tijuca, está incluído no projeto que vai implementar barcas na lagoa da Zona OesteArquivo/Agência O Dia

Rio - A Prefeitura do Rio definiu, nesta quinta-feira (11), que o Consórcio Lagunar Marítima será o responsável por implantar e operar as barcas nas lagoas da Zona Oeste, que ligam a Barra da Tijuca, Jacarepaguá e o Recreio, pelos próximos 25 anos. O grupo foi o único participante a demonstrar interesse no processo de licitação e terá que investir R$ 100 milhões no projeto. 
A Lagunar Marítima reúne a Construverde Construções e Serviços, a ECP Environ Consultoria e Projetos, administradora do Campo de Golfe Olímpico, e a Esfeco Administração Ltda, responsável pela operação do trem do Corcovado.
Segundo a prefeitura, a previsão é que 16 linhas conectem as regiões do Jardim Oceânico, Muzema, Rio das Pedras, Anil e Gardênia Azul pela Lagoa da Tijuca. O Bosque Marapendi, a Ponte Lúcio Costa e a Avenida Ayrton Senna serão ligadas pela Lagoa de Marapendi. Já a Avenida Salvador Allende e o Parque Olímpico serão conectados pela Lagoa de Jacarepaguá.
De acordo com o atual edital, dos 29 terminais, cinco são considerados de grande porte, com capacidade para mil passageiros por hora. A prefeitura afirma que a barca será um modal de transporte público integrado com o Bilhete único. A previsão é que sejam transportados 80 mil passageiros por dia. O valor da passagem será igual à tarifa dos ônibus municipais, de R$ 4,30.
No entanto, para iniciar a implementação do projeto, a Iguá, concessionária de saneamento, com o estado do Rio de Janeiro, deverá finalizar a dragagem e limpeza do Complexo Lagunar da Barra e Jacarepaguá, iniciada em 26 de abril deste ano. A ação de dragagem tem duração prevista para 36 meses e o objetivo é recuperar os canais de conexão das lagoas com o mar, que hoje estão impactados pela quantidade de lixo e esgoto irregulares
A dragagem foi o primeiro passo para a revitalização do complexo. Ela começou na Lagoa da Tijuca, próximo ao Condomínio Península, na Barra da Tijuca. Os equipamentos ficarão lá por cerca de 24 meses.
O primeiro processo para selecionar a empresa responsável por instalar e operar o transporte aquaviário foi realizado em março, pela Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), da prefeitura, mas não teve interessados.